Charlie Hebdo debocha de Merkel em sua 1ª edição alemã
Primeira edição alemã do semanário satírico Charlie Hebdo chegou às bancas com uma primeira página que debocha da chanceler Angela Merkel, quase dois anos depois de militantes islâmicos terem atacado a redação da publicação em Paris; "A VW apoia Merkel", diz a manchete, com uma imagem de um mecânico da empresa consertando a líder de 62 anos em um elevador automotivo e dizendo: "Um novo escapamento e você dura mais quatro anos"; Merkel anunciou que irá concorrer a um quarto mandato nas eleições do ano que vem
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Reuters - A primeira edição alemã do semanário satírico Charlie Hebdo chegou às bancas nesta quinta-feira com uma primeira página que debocha da chanceler Angela Merkel, quase dois anos depois de militantes islâmicos terem atacado a redação da publicação Paris e matado seus principais profissionais.
O semanário também teve como alvo outro símbolo do poder alemão no pós-guerra, a Volkswagen , que é a maior montadora de veículos da Europa, mas que ainda luta para se recuperar de um escândalo de emissão de poluentes.
"A VW apoia Merkel", diz a manchete, com uma imagem de um mecânico da empresa consertando a líder de 62 anos em um elevador automotivo e dizendo: "Um novo escapamento e você dura mais quatro anos".
No mês passado, Merkel anunciou que irá concorrer a um quarto mandato nas eleições do ano que vem.
Pôsteres de lançamento do semanário mostraram Merkel sentada no banheiro lendo a revista com a legenda: "Charlie Hebdo. É um alívio".
A revista, conhecida na França por ironizar políticos e líderes religiosos, se tornou um ícone da liberdade de expressão depois que dois militantes invadiram uma reunião de pauta da redação parisiense em janeiro de 2015 e mataram 12 pessoas.
Os islâmicos acusaram a publicação de blasfêmia por publicar charges do profeta Maomé.
Alguns consumidores alemães disseram que estão comprando o semanário como gesto de solidariedade.
Uma tiragem inicial de 200 mil exemplares será impressa na Alemanha -- o dobro da circulação da revista satírica mais conhecida do país na atualidade, a Titanic. Parte de seu conteúdo será original e parte será traduzido do francês.
Os limites da sátira foram testados neste ano quando o presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, processou o comediante alemão Jan Boehmermann por ler um poema satírico insinuando que o líder turco assiste pornografia infantil e pratica atos bestiais.
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