DCM: enquanto país pega fogo, STF decide sobre pipoca em cinema
Jornalista Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo (DCM), criticou nessa quarta-feira, 27, a prioridade de julgamentos do Supremo Tribunal Federal (STF) no momento de aprofundamento da crise política e econômica do Brasil; "Nestes dias dramáticos em que uma jovem democracia enfrenta a iminência de um golpe nascido da vingança de um psicopata metido em múltiplas roubalheiras, o STF deliberou sobre se as pessoas podem entrar com pipoca no cinema", critica; ele lembra que faz mais de quatro meses que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao STF o afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, com fartas provas sobre contas secretas de Cunha na Suíça



247 - O jornalista Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo (DCM), criticou nessa quarta-feira, 27, a prioridade de julgamentos do Supremo Tribunal Federal (STF) no momento de aprofundamento da crise política e econômica do Brasil.
"A posteridade terá dificuldade em entender. É o triunfo da insanidade. Nestes dias dramáticos em que uma jovem democracia enfrenta a iminência de um golpe nascido da vingança de um psicopata metido em múltiplas roubalheiras, o STF deliberou sobre se as pessoas podem entrar com pipoca no cinema. Também a questão da meia entrada foi discutida", lembra.
Nogueira lembra que faz mais de quatro meses que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao STF o afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, sem contar que autoridades suíças entregaram dezenas de documentos provando contas secretas de Cunha na Suíça.
"Tais contas significavam não apenas corrupção extrema. Mostravam, além disso, que Cunha mentira sob juramento no Congresso ao dizer que não tinha contas no exterior. Em tais circunstâncias, o bom senso – para não falar a decência – impunha que o STF julgasse em caráter de urgência o caso Cunha. Mas nada. Os eminentes jurados estão ocupando seu tempo com a pipoca no cinema", criticou.
"É um escárnio para o Brasil. Uma bofetada. Melhor: uma cusparada", resumiu Nogueira. "Se tivéssemos instituições respeitáveis não estaríamos na iminência de ver um partido degradante como o PMDB na beira de tomar o poder depois de uma cruzada descarada da plutocracia em nome do 'combate à corrupção'".
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