DCM: primeira grande fake news do ano foi da Globo e envolveu Huck
"O combate às fake news só fará sentido se a velha mídia responder pelos absurdos que comete", diz Kiko Nogueira, editor do DCM; "A cascata deslavada da Globo sobre seu funcionário padrão e grande esperança branca dá uma noção do que o grupo será capaz de fazer em 2018"
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Por Kiko Nogueira, editor do DCM – Em seu perfil no Twitter, a Polícia Federal avisou, em tom retumbante, que “dará início nos próximos dias em Brasília às atividades de um grupo especial formado para combater notícias falsas durante o processo eleitoral”.
“A medida”, segue o texto, “tem o objetivo de identificar e punir autores de ‘fake news’ contra ou a favor dos candidatos”.
A comissão que vai cuidar do assunto incluirá representantes da Justiça Eleitoral e membros do Ministério Público, além do ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes.
Temos, desde já, um caso exemplar a servir como ponto de partida: o da apresentação de Luciano Huck no Faustão, em que ele se vendeu abertamente para as eleições.
O PT entrou com uma representação na Justiça, acusando campanha antecipada, pedindo pagamento de multa.
Em resposta, a Globo alegou que o programa havia sido gravado no dia 11 de novembro e ido ao ar sem conhecimento superior. Tá bom.
Era mentira, claro, como apontou Fernando Brito, do Tijolaço:
Se você olhar o vídeo oficial, da própria emissora, verá que a “entrevista” se inicia com uma pergunta sobre se choveu ou não no reveillon e qual dos filhos deu mais trabalho na festa. Huck chega a falar em estar no palco “nos primeiros dias de 2018”.
É evidente que o programa é recente, tão evidente quanto ter sido autorizado – ou determinado – pela direção da emissora.
Mas ninguém vai pedir explicações, como ninguém foi indagar desde quando e quanto Luciano Huck recebe de publicidade da Petrobras para apresentar um merchandising da empresa em seu programa, como se divulgou aqui.
Não é do interesse público, já que a empresa é pública e Huck se tornou um personagem público e político?
Mas se faz o silêncio, nada inocente.
O combate às fake news só fará sentido se a velha mídia responder pelos absurdos que comete.
A cascata deslavada da Globo sobre seu funcionário padrão e grande esperança branca dá uma noção do que o grupo será capaz de fazer em 2018.
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