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Mídia

Dilma erra e pede desculpas. E a mídia?

Estatuto da criança veda divulgação de fotos de menores de idade, mas atropelo da mídia familiar para noticiar infração da presidente Dilma Rousseff quebrou regras éticas que se pensavam consagradas; autocrítica zero; exposição de menor nem mereceu pedido de desculpas; governo toca programas de prevenção de acidentes, sanciona obrigatoriedade da cadeirinha e obriga carros a ter airbag; mas o que vale é agitar, certo?

Estatuto da criança veda divulgação de fotos de menores de idade, mas atropelo da mídia familiar para noticiar infração da presidente Dilma Rousseff quebrou regras éticas que se pensavam consagradas; autocrítica zero; exposição de menor nem mereceu pedido de desculpas; governo toca programas de prevenção de acidentes, sanciona obrigatoriedade da cadeirinha e obriga carros a ter airbag; mas o que vale é agitar, certo? (Foto: Camila Nunes)
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247 – Um infração considerada "gravíssima" foi cometida na sexta-feira 20, a partir de uma cena flagrada em Porto Alegre, durante a folga da presidente Dilma Rousseff, não apenas por ela, mas também pela mídia. Cada uma num campo diferente. Com a assinatura em projetos de prevenção a acidentes no trânsito, após sancionar a lei que obriga o uso de cadeirinhas especiais para o transporte de menores e determinar a instalação de airbgas em todos os carros fabricados no Brasil, Dilma foi vista, fotografada e multiplicada pela mídia com seu neto no colo, fora da cadeirinha. Multa de R$ 191,54 pelo Código Nacional de Trânsito, perda de sete pontos na carteira e retenção do veículo. A tudo isso a presidente se arriscou, mas o que efetivamente ocorreu foi um grave escorregão ética do conjunto da mídia.

Dilma, que não foi flagrada por nenhum policial de trânsito, pediu desculpas imediatamente após a infração. No entanto, isso foi de menos importância para conter o atropelo da mídia com a espetacular notícia do deslize presidencial. A foto da avó com seu neto menor de idade no colo foi publicada sem qualquer freio. Quebrou-se, pela mídia, também em uma infração gravíssima, uma regra ética que parecia consagrada. E uma norma do Estatuto da Criança e do Adolescente, que protege os menores da divulgação perversa dos meios de comunicação.

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No caso da presidente e seu neto, não houve editor que se lembrasse do Estatuto antes de correr a dizer ao chefe que tinha uma "bomba" nas mãos.

A pressa, como se sabe, é um elemento do jornalismo, mas nem sempre leva a bom termo. Nesse caso, feriu um padrão de privacidade e, portanto, de segurança também. E de modo gratuito, quando a mesma notícia poderia ter sido dada com a imagem do menor preservada. Não há como deixar de suspeitar que a má vontade ideológica da mídia familiar com a presidente Dilma tenha pautado mais essa barbeiragem dos antigos jornalões.

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