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Docentes reavaliam a cientificidade dos golpes

Os professores do Departamento de Ciência Política da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Wagner de Melo Romão, Andréia Galvão e Frederico de Almeida, defendem e re-colocam uma premissa básica do fazer científico: a ciência não é estática, ela muda seus parâmetros e definições com o decorrer do tempo histórico; para eles, as definições clássicas de 'golpe de estado' estão sob ameaça epistemológica, uma vez que as variedades deste processo disruptivo e criminoso ganharam colorações as mais diversas, haja vista o que vem ocorrendo na América Latina; os docentes acreditam que os cursos sobre o golpe espalhados pelo país são apenas sintoma desta mudança de paradigma científico.

Manifestantes com faixa contra o golpe durante Protesto Fora Temer realizado no Centro Cívico em Curitiba, PR. (Foto: Gustavo Conde)
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247 - Os professores do Departamento de Ciência Política da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Wagner de Melo Romão, Andréia Galvão e Frederico de Almeida, defendem e re-colocam uma premissa básica do fazer científico: a ciência não é estática, ela muda seus parâmetros e definições com o decorrer do tempo histórico. Para eles, as definições clássicas de 'golpe de estado' estão sob ameaça epistemológica, uma vez que as variedades deste processo disruptivo e criminoso ganharam colorações as mais diversas, haja vista o que vem ocorrendo na América Latina. Os docentes acreditam que os cursos sobre o golpe espalhados pelo país são apenas sintoma desta mudança de paradigma científico. 

"As Ciências Sociais produzem conhecimento e constroem verdades científicas de maneira semelhante às outras ciências, isto é, pelo conflito de ideias e paradigmas. As distintas abordagens teóricas orientam pesquisas empíricas que são amadurecidas em grupos de estudo e em sala de aula. Produzimos artigos que são avaliados por pareceristas externos e depois discutidos pela comunidade científica. As críticas se colocam às autoras e autores, que devem lidar com elas de maneira fundamentada e responsável. Se isso não ocorre, aquilo que produzem tende a ser relegado a segundo plano. Rever conceitos, apurar definições: é assim que a ciência avança.

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Sobre o conceito de golpe: por muito tempo, a ciência política entendeu que o termo estava relacionado à utilização da força na substituição de grupos políticos na disputa pelo poder central, como nos “pronunciamentos” liderados por militares nos anos 1960 e 1970. No entanto, alguns de nossos colegas têm compreendido que processos recentes de destituição de presidentes – como em Honduras, Paraguai, Brasil e a tentativa recente de derrubada de Kuczynski no Peru – revelam que há necessidade de se atualizar o conceito."

Leia mais aqui, no Site da Revista Fórum

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