CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Mídia

Editorial do Globo vê Aécio fora do jogo de 2018

Ao comentar o cenário político para 2018 diante do cenário desolador causado pelas delações da Odebrecht, o jornal da família Marinho deixou claro em seu editorial que Aécio Neves, megadelatado, parece estar fora da corrida para a Presidência: "acusações a Aécio Neves podem ser o impulso final para que Geraldo Alckmin (SP) consiga ser pela segunda vez o candidato tucano, em 2018. Ou alguém que ele apoie", escreve o Globo

Aecio Neves (Foto: Giuliana Miranda)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 - O jornal O Globo usa seu editoria desta quinta-feira para comentar o cenário político das delações da Odebrecht.

O periódico da família Marinho deixa claro que o megadelatado Aécio Neves não tem chances para a corrida à Presidência.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

"As acusações a Aécio Neves podem ser o impulso final para que Geraldo Alckmin (SP) consiga ser pela segunda vez o candidato tucano, em 2018. Ou alguém que ele apoie.

Confira o texto:

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Ainda falta muito tempo, devido à extensão do processo como um todo, para algum desfecho nas denúncias encaminhadas na terça-feira ao Supremo pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, com base nas delações dos 78 da cúpula da Odebrecht.

Chegaram ao ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato na Corte, 83 pedidos de abertura de inquérito, envolvendo deputados, senadores e ministros, além de 211 outros casos a serem remetidos a instâncias inferiores, por tratarem de pessoas sem foro especial no STF.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Pelo tamanho da empreiteira, líder do cartel de empresas de engenharia que atuaram de forma criminosa na Petrobras e outras empresas públicas, sem falar nos esquemas de corrupção em 12 países, a segunda lista de Janot tem presenças ilustres, segundo vazamentos.

Dois ex-presidentes, Lula e Dilma, figuras importantes da equipe do governo Temer — Eliseu Padilha e Moreira Franco —, também da oposição — os tucanos Aécio Neves (MG) e Aloysio Nunes (SP), nomeado ministro das Relações Exteriores); senadores caciques do PMDB — Renan Calheiros (AL) e Romero Jucá (RR) —, e os presidentes das duas Casas do Congresso, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o senador Eunício de Oliveira (PMDB-CE). O poder político ser denunciado à Justiça é algo nunca visto, raro mesmo em outros países.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Investigações terão de ser feitas, a pedido do Ministério Público, a partir do Supremo e também na primeira instância, para onde vão, por exemplo, os processos de políticos sem foro, como Lula e Dilma. Há, ainda, governadores a responderem pelas acusações no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Mas, se consequências concretas das denúncias ainda demoram, o impacto político dos pedidos de abertura de processos é enorme e imediato. Para começar, o arranjo político que se institucionalizou na redemocratização, de 1985, um pacto formalizado na Constituição de 88, virou de vez farrapos. Ou quase isso. Já não vinha mesmo bem de saúde.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

A chamada Nova República, lançada por Tancredo Neves, Ulysses e egressos do regime militar, como José Sarney e séquito, está ligada a aparelhos, em processo de desligamento da tomada, na UTI em que se encontra.

A esta aliança se juntaria depois, pela esquerda, o PT e aliados, mas que adeririam alegremente às praticas ilegais dos subterrâneos financeiros da política. O lulopetismo chegou até a extrapolar, como demonstrado pela Lava-Jato.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Além disso, a razia atinge biografias já arranhadas de poderosos e outras nem tanto. No primeiro caso, a vida se torna mais difícil para Lula, já sob o risco de ser condenado por Sérgio Moro e ter o projeto de voltar a disputar o Planalto em 2018 atingido em pleno voo, caso a sentença seja confirmada em segunda instância, no Tribunal de Justiça de Porto Alegre, o que o tornará inelegível.

Na outra ponta ideológica do mapa político-partidário, as acusações a Aécio Neves podem ser o impulso final para que Geraldo Alckmin (SP) consiga ser pela segunda vez o candidato tucano, em 2018. Ou alguém que ele apoie.

É consenso que a classe política está fragilizada. Por isso, suas lideranças devem avaliar de forma equilibrada se vale a pena continuar em escaramuças legislativas contra a Lava-Jato. Não apenas por que há grande resistência política na sociedade a que se use o tapetão do Congresso para distribuir impunidades, mas também pelas dificuldades jurídicas à realização dessas manobras.

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO