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El Pais: Petrobras nunca foi tão barata como agora

Jornal espanhol diz que é praticamente unânime a avaliação de que a estatal é um sucesso no longo prazo: “somente o potencial de bilhões de barris de petróleo nos campos do pré-sal saltam aos olhos até dos mais desconfiados”; publicação traz análise de especialista que acredita que a empresa será capaz de reduzir o endividamento este ano seguindo seu plano estratégico, o que naturalmente vai garantir ganhos aos papeis do grupo

Jornal espanhol diz que é praticamente unânime a avaliação de que a estatal é um sucesso no longo prazo: “somente o potencial de bilhões de barris de petróleo nos campos do pré-sal saltam aos olhos até dos mais desconfiados”; publicação traz análise de especialista que acredita que a empresa será capaz de reduzir o endividamento este ano seguindo seu plano estratégico, o que naturalmente vai garantir ganhos aos papeis do grupo (Foto: Roberta Namour)
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247 – Em análise publicada após o balanço anual da Petrobras, o jornal espanhol El Pais diz que companhia vai reverter o endividamento e que papeis vão valorizar: “somente o potencial de bilhões de barris de petróleo nos campos do pré-sal saltam aos olhos até dos mais desconfiados”. Leia:

O dilema de um futuro encantador, mas um presente turbulento

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É praticamente unânime a avaliação de que a Petrobras é um sucesso no longo prazo. O capital, porém, é impaciente

CARLA JIMÉNEZ

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Ninguém duvida que o futuro da Petrobras é brilhante e que ela está construindo com esmero as bases do seu futuro, investindo em inteligência e inovação para cumprir seus objetivos. Se comparada à estatal mexicana Pemex, por exemplo, que está no centro das atenções do mundo pelo seu projeto de abertura, a brasileira está vinte anos à frente, segundo Cesar Guzzetti, da Gaffney Cline. “Vai levar uns anos para que a Pemex veja os resultados de sua abertura”, explica Guzzetti. “As melhores oportunidades ainda não estão no México. O Brasil é mais concreto”, completa.

Somente o potencial de bilhões de barris de petróleo nos campos do pré-sal saltam aos olhos até dos mais desconfiados. Porém, a estatal brasileira enfrenta um dilema que deve mantê-la na fronteira da eficiência e da desconfiança por algum tempo. Os especialistas no assunto não têm dúvida sobre a viabilidade dos seus projetos. “Na área de engenharia naval e oceânica, vemos um programa muito consistente para novas plataformas, que é a grande infraestrutura para viabilizar o aumento substantivo da produção”, diz Stephen Segen, Professor titular de estruturas oceânica da Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro. “Não se pode garantir o mesmo com as outras empresas de petróleo”, completa ele, que vê uma avaliação desproporcional sobre os rumos da companhia.

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Segen reconhece que, ao mesmo tempo em que há um empenho da petrolífera para construer as bases dessa produção, por outro, há um esforço enorme para desconstruí-la do ponto de vista político. “A Petrobras é vista como empresa associada ao Governo”, completa.

A perda de valor no mercado é terreno fértil para o ataque de adversários. A mais recente polêmica se refere a uma denúncia de uma empresa de aluguel de navios holandesa (SBM Offshore) de que funcionários da empresa teriam recebido propina para fechar negócios.

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O tema ganhou o Congresso brasileiro, com deputados, inclusive da base aliada, pedindo para instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar as informações. Disputas partidárias e suspeitas à parte, o senso comum entre investidores é de que a empresa é interessante, mas não é boa para o curto prazo. “Como investidor, eu só colocaria dinheiro na empresa se a visse tomando decisões de desinvestimento, que garantisssem retorno no curto e médio prazo”, diz Leonardo Maugeri, ex-presidente da petroleira italiana Eni.

Para ele, há ativos que a empresa poderia se desfazer tanto dentro como fora do Brasil.

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Maugeri conta que o sentimento dos donos do capital que poderiam negociar ações da Petrobras é sempre o mesmo. “Ela é muito boa para o longo prazo, mas enfrenta tensões no curto prazo. Por isso ela precisa de um comportamento mais agressivo”, afirma. Ele lembra, ainda, que o preço do petróleo tende a cair no futuro, o que exige uma tomada de decisões rápida.

Jean Paul Prates, da consultoria Expetro, reconhece que as ações da Petrobras são indicadas para investidores mais conservadores.

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“Ele pode ficar meio ano esperando a valorização”, diz Prates. O especialista acredita que a empresa, por exemplo, será capaz de reduzir o endividamento este ano seguindo seu plano estratégico, o que naturalmente vai garantir ganhos aos papeis do grupo.
Prates também acredita que há um exagero na leitura sobre a companhia. “As pessoas falam mal, mas ninguém vaticina o seu fracasso. Só isso é motivo para acreditar”, conclui.

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