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“Eleição de mulheres negras deu nova cara para a política”, diz jornalista Patrícia Zaidan

Uma das lideranças do movimento Levante das Mulheres Brasileiras, que elegeu 16 de 54 candidatas como vereadoras no dia 15, conta que haverá comunicação entre eleitas de diferentes regiões, com troca sobre políticas que deram certo. Assista na TV 247

Elaine do Quilombo Periférico, Erika Hilton, Carol Dartora e Patrícia Zaidan (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Divulgação)
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247 - A jornalista Patrícia Zaidan, uma das líderes do movimento Levante das Mulheres Brasileiras, analisou na TV 247 o novo mapa político que se estabelece no Brasil após as eleições municipais de 2020, com grande destaque para a eleição de mulheres, brancas e negras, e transsexuais.De acordo com Patrícia, a eleição destas personagens traz uma nova composição para a política brasileira e altera até mesmo seu modus operandi. Ela ainda destacou que a origem destas mulheres, forjadas na luta e nos movimentos sociais, também afastam conchavos que existem atualmente dentro das câmaras municipais. “O País muda a partir dessa eleição. Nós tivemos um número de vereadoras mulheres, e não são quaisquer mulheres, mas sobretudo mulheres negras, mulheres trans, muito expressivo e com candidaturas muito fortes, mulheres que vêm de lutas que elas estão produzindo há muitos anos, e com o que é mais interessante: um discurso não só sobre o feminismo. Elas também vêm com propostas de economia muito diferentes, vêm com propostas de saúde, saúde mental. São propostas que têm sintonia com o que elas vinham discutindo lá com seus grupos nas bases durante muito anos”.

“A gente tem um despertar das mulheres a partir daquele momento que a Dilma sofre um impeachment, elas vêm depois pelo ‘Fora, Temer’ e o assassinato da Marielle também pesou muito. Então esses episódios acho que mudam o cenário político, a entrada das mulheres nas câmaras municipais vai mudar sobremaneira o que a gente tem visto de política até aqui, muda completamente o jeito de fazer política. O jeito de fazer política que estava lá no bairro, nos movimentos sociais, nos movimentos feministas, negros, ganha agora a notoriedade do mandato parlamentar, isso muda completamente, o discurso muda. Muda a cara da política, muda a cor da política”, complementou.

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A jornalista ressaltou também que haverá de agora em diante uma maior conexão entre câmaras de vereadores de diferentes municípios do Brasil, que ocorrerá justamente pelas ligações que as mulheres eleitas têm entre si. “Eu estava entrevistando no Jornalistas Livres duas mulheres fantásticas que se elegeram. Uma, a Carol Dartora, lá de Curitiba, do PT, a primeira mulher negra eleita em Curitiba, e a outra, a Elaine Pinheiro, do Quilombo Periférico, que foi eleita em São Paulo. Elas, ao final da entrevista, combinaram de trocar figurinhas durante o mandato. Ora, o que significa isso? Que as experiências bem sucedidas lá de Curitiba vão ser trocadas com as experiências bem sucedidas de São Paulo. Essa costura de experiências é que vai fazer grande diferença no País. O Brasil não vai ser mais o mesmo a partir dessa eleição municipal”.

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