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Em editorial, Estadão diz a Bolsonaro que 'governar não é tuitar'

O jornal O Estado de S. Paulo faz duro editorial criticando a decisão de Jair Bolsonaro de não passar a presidência da República ao vice-presidente Hamilton Mourão, enquanto se recupera de uma cirurgia e permanece internado no Hospital Albert Einstein; o texto diz: "em vez de delegar suas funções para o vice-presidente Hamilton Mourão, conforme estabelece a Constituição e manda o bom senso, Bolsonaro julgou que poderia logo retomar a dura rotina presidencial - até mesmo uma espécie de gabinete foi montado no quarto do hospital para que ele pudesse despachar"

Em editorial, Estadão diz a Bolsonaro que 'governar não é tuitar' (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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247 - O jornal O Estado de S. Paulo faz duro editorial criticando a decisão de Jair Bolsonaro de não passar a presidência da República ao vice-presidente Hamilton Mourão, enquanto se recupera de uma cirurgia e permanece internado no Hospital Albert Einstein. O texto diz: "em vez de delegar suas funções para o vice-presidente Hamilton Mourão, conforme estabelece a Constituição e manda o bom senso, Bolsonaro julgou que poderia logo retomar a dura rotina presidencial - até mesmo uma espécie de gabinete foi montado no quarto do hospital para que ele pudesse despachar."

O editorial começa solene e protocolar: "a Constituição, em seu artigo 79, estabelece que o vice-presidente da República tem apenas uma função relevante: substituir temporariamente o presidente, se este se encontrar doente ou em viagem, ou suceder-lhe, se o cargo ficar vago. No caso de doença, por exemplo, a função presidencial obviamente deve ser exercida pelo vice enquanto o presidente não estiver restabelecido a ponto de conseguir retornar ao trabalho. Há uma razão comezinha para ser dessa forma: a administração do País e a tomada de decisões do governo não podem depender da plena recuperação da saúde do presidente, que pode demorar dias ou até meses."

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A avança: "é preciso que haja alguém com autoridade constitucionalmente reconhecida no exercício do cargo para deliberar sobre os assuntos do governo e orientar os ministros. Do contrário, haverá indesejável paralisia administrativa - como a que o País assiste agora em razão da prolongada internação do presidente Jair Bolsonaro."

Para, finalmente, esclarecer o ponto: "inexplicavelmente, Bolsonaro reassumiu seu cargo apenas 48 horas depois de uma cirurgia de sete horas de duração, realizada no dia 28 de janeiro, para a reconstituição do intestino, atingido no atentado à faca que sofreu ainda na campanha eleitoral, em setembro do ano passado. Conforme os boletins médicos, a operação foi bem-sucedida, e a equipe que o atendeu estabeleceu inicialmente um prazo de dez dias para a recuperação do presidente, mas mesmo esse prazo se mostrou otimista demais. Jair Bolsonaro continuava internado duas semanas depois da cirurgia, período em que o presidente apresentou quadro de pneumonia e febre."

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