Em editorial, Valor Econômico fecha o círculo da mídia contra “tacada” de Abilio
Jornal dos grupos Folha e Globo endossa crtica participao do BNDES no imbrglio do varejo
247 – “A participação do BNDES na mais recente tacada do empresário Abilio Diniz é injustificável”. Assim começa o principal editorial de hoje do jornal Valor Econômico, editado em conjunto pelos grupos Folha e Globo. Sob o título “O envolvimento do BNDES em um negócio duvidoso”, o texto defende, com argumentos factuais, o afastamento do banco público do possível financiamento da fusão entre os grupos Pão de Açúcar e Carrefour. A publicação fecha o círculo da mídia contrária ao negócios nos termos apresentados por Diniz (leia notícia neste sentido publicada ontem por 247)
“Em primeiro lugar, porque a operação irá capitalizar uma empresa estrangeira, o Carrefour em dificuldades, é verdade, mas que tem capacidade para obter recursos no mercado internacional”, registra o Valor, que lembra: “A BNDESPar participa do capital de mais de 150 empresas, totalizando R$ 90 bilhões, mas elas são eminentemente de capital nacional”.
O jornal vai adiante: “Outro motivo que põe em dúvida a operação é a reação contrária do Casino, o que significa uma incerteza jurídica”. Recorda o editorial que, a partir de 2012, em razão de acordo de acionistas feito em 2005, o sócio francês do Pão de Açúcar passaria a obter o controle do negócio. Se o plano de Diniz der certo, assinala, os franceses não apenas perderiam o controle como seriam diluídos na nova companhia. “O Casino não deve jogar a toalha facilmente e até já contratou o advogado criminalista José Carlos Dias para reforçar o batalhão de especialistas jurídicos que duelam no caso, desde que os franceses descobriram o ‘traição’”.
O Valor conclui: “Os argumentos apresentados pelo BNDES para entrar no negócio não são sustentáveis”.
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