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Estadão detesta a realidade e volta a atacar o governo Lula, repleto de indicadores positivos

Jornal defende corte de gastos e investimentos ao afirmar que “se com a reforma tributária houve avanços na coluna da arrecadação, o governo ainda deve muito no controle de gastos"

Lula (Foto: Reprodução | Ricardo Stuckert)

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247 - Em editorial publicado nesta quarta-feira (27), o jornal O Estado de S. Paulo desprezou os indicadores positivos do primeiro ano do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para atacar o governo. Segundo o editorial, o alerta contido no relatório bianual da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre a economia do país “foi classificado como 'muito bom' pelo secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, porque, em sua opinião, captou o esforço do governo para recompor a base fiscal e, assim, estabilizar a trajetória da dívida. Já o presidente Lula da Silva, na sua parolagem semanal na internet, se disse ‘muito irritado’ com o relatório e criticou o que chamou de 'palpite' da entidade, reconhecida pela seriedade de seus estudos. Logo se vê que Lula e seu Ministério da Fazenda não estão falando a mesma língua”.

De acordo com o jornal, Lula teria demonstrado insatisfação com as projeções da OCDE que apontam que “a dívida pública não só segue elevada na comparação com outras economias emergentes, como vai beirar os 90% do PIB em pouco mais de 20 anos – e será ainda pior em caso de menor consolidação fiscal. O descumprimento das metas fiscais – desprezadas explicitamente por Lula – pode levar o País a uma trajetória insustentável da dívida, alcançando 100% já em 2037. Não custa repetir: 100% do PIB". Em seu novo ataque ao governo, o jornal também volta a defender o corte de gastos e dos investimentos públicos.

O Estado de S. Paulo ignora, porém, os variados indicadores positivos da economia neste ano, como dados da própria OCDE que apontam que o PIB do Brasil deverá crescer 3% em 2023. Para o ano de 2024, a estimativa de crescimento da economia foi revisada de 1,7% para 1,8%. Ainda segundo a OCDE, o Brasil foi o segundo país que mais atraiu Investimento Estrangeiro Direto (IED) no primeiro semestre deste ano, atrás apenas dos Estados Unidos, com o fluxo do IED no período chegando a US$ 34 bilhões, comparado a US$ 35 bilhões no semestre anterior. 

Nesta terça-feira (26), o Ibovespa fechou acima dos 133 mil pontos pela primeira vez na história e o mercado financeiro estima que a bolsa brasileira ultrapasse os 140 mil pontos em 2024, reforçando a confiança dos investidores na atual política econômica e fiscal. Analistas consultados pelo Banco Central para o Boletim Focus, divulgado na terça-feira, projetaram o encerramento de 2023 com uma inflação de 4,46% em 2023, patamar mais baixo em quatro anos, apontando para um cenário de estabilidade econômica no país. O controle da inflação ainda viabilizou seguidos cortes na taxa de juros, que finaliza 2023 em 11,75%, abaixo do que se esperava no início do ano. Registrou-se também neste ano crescimento do emprego e renda dos trabalhadores, com consequente aumento no consumo das famílias.

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