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"Exército vai se transformando em partido e se continuar assim vai virar milícia", diz Malu Gaspar

Jornalista Malu Gaspar afirma que ao decidir não punir o general Eduardo Pazuello, o Exército “vai se transformando em partido”. “A continuar assim, o próximo passo é se transformar em milícia”, afirma

Malu Gaspar e Pazuello (Foto: Reprodução | Alan Santos/PR)
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247 - A jornalista Malu Gaspar avalia, em sua coluna no jornal O Globo, que o comando do Exército “passa algumas mensagens à própria tropa e à sociedade brasileira” ao decidir não punir o general Eduardo Pazuello, que participou de um ato de apoio ao governo Jair Bolsonaro, e afirma que a instituição militar “vai se transformando em partido”. “A continuar assim, o próximo passo é se transformar em milícia”, afirma.

“Ao Brasil, que não espere do Exército nenhum esforço de proteção à ordem democrática ou ao estado de direito se, do outro lado, forçando os limites, estiver Jair Bolsonaro”, destaca. “À tropa, o recado é claro. Cabos, soldados, majores, tenentes, coronéis, estão todos liberados para fazer reivindicações salariais, contestar as regras do comando ou mandar às favas o regulamento disciplinar do Exército”, escreve mais à frente. 

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“Em reação a esses movimentos, há dias generais de vários segmentos vinham procurando a imprensa, diretamente ou por meio de interlocutores, para dizer que não havia hipótese de Pazuello não ser punido. Podia até ser uma punição branda. O que não podia era acabar tudo em ‘pizza’, como se apostava entre os recrutas”, observa. 

“Mas as poucas informações que vazaram sobre a reunião do Alto Comando do Exército, na última quarta-feira, já indicavam que o desfecho do caso seria diferente. Quando um integrante do Alto Comando disse à repórter Jussara Soares que a decisão do comandante seria acatada por todos como uma “decisão do Exército, independentemente da posição pessoal de cada um”, estava claro que os generais entendiam que teriam de se dobrar à vontade de Bolsonaro”, avalia a jornalista. 

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Ainda segundo ela, “um Exército em que oficiais priorizam interesses políticos e pessoais em detrimento do todo não serve mais ao país. Transforma-se em partido político. E, armado, facilmente transmuta-se em milícia. Em última instância, é esse o preocupante sinal enviado ao Brasil pelo desfecho do caso Pazuello. Depois de entrar no governo, o Exército vai se transformando em partido. A continuar assim, o próximo passo é se transformar em milícia”.

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