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Fernando Brito: Brasil deve fechar o caminho para práticas ditatoriais

Segundo o jornalista Fernando Brito, do Tijolaço, "é preciso fechar o caminho desta turba e isso exige enfrentar Moro e a corrente totalitária que se formou no MP e no Judiciário e o projeto de desmanche do país, em curso pelas mãos de Paulo Guedes, ao qual a onda autoritária se associa"

(Foto: José Cruz - ABR)
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Por Fernando Brito, do Tijolaço - Basta que o distinto leitor e a cara leitora imaginem o que seria uma manifestação de petistas que dependurasse um retrato de Luiz Edson Fachin ou Luiz Roberto barroso em um poste e convidasse os transeuntes a nestes atirarem tomates podres.

O fato estaria, neste momento, a escandalizar o país. Editoriais furiosos, repercussões dramáticas na televisão, manifestações de juízes, promotores, militares e quem mais houvesse contra o “ataque às instituições”, acusações de uma agitação pró-autoritária e o governo sendo, no mínimo, sendo cobrado a condenar esta barbárie e a responsabilizar criminalmente os autores da “tomatada”, vermelha, por sinal.

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No entanto, entre os tomateiros de ontem, 11 em cada 19 eram “moristas” e “bolsonaristas”, categorias às quais hoje não faz muito sentido separar, e ainda estou à procura de reações indignadas.

Ao contrário, o que aparece na Folha é mais um procurador lavajateiro a cobrar que o Senado ponha “freios” ao Supremo Tribunal Federal, não se esclarecendo se isso seria ter comportamento semelhante ao dos “tomateiros” da Paulista.

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Não que sejam novidade estas pressões, elas vêm de longe: alguns hão de se recordar com a chantagem – grosseira e mal-sucedida – sobre o decano do STF, Celso de Mello, no julgamento dos embargos de declaração do denominado “Mensalão”.

Mas ainda cabiam no papel torto da mídia, enquanto agora partem para a agressão de rua, nem sempre com tomates em retratos. Ou alguém duvida que essa gente está a um passo de ir além das pancadas que deu no carro do presidente do STF, outro dia? Ou o famoso tuíte do general Villas Boas não se assemelhou a uns tapas na lataria do próprio Supremo?

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Pouco adiantará, porém, ir responsabilizar os arremessadores de tomate, muitos deles siderados pelo ambiente de ódio que havia se formado, expressando o que se passa nas redes moro-bolsonaristas.

É preciso fechar o caminho desta turba e isso exige enfrentar Moro e a corrente totalitária que se formou no MP e no Judiciário e o projeto de desmanche do país, em curso pelas mãos de Paulo Guedes, ao qual a onda autoritária se associa.

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Só não vê quem não quer que os arremessadores de tomate são a face visível e caricata de algo nada divertido: a quebra definitiva do regime democrático que, há mais de três décadas, este país reconstruiu.

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