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Fernando Brito: Brasil mentiu sobre navios iranianos

Reportagem de O Globo "mostra que não é verdadeira a alegação brasileira de que não houve orientação norte-americana para que o Brasil se negasse a abastecer dois navios iranianos", afirma Fernando Brito, do Tijolaço; Não há sequer "ordem ou recomendação da ONU para restringir o comércio com os iranianos", acrescenta

(Foto: Reuters)
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Por Fernando Brito, do Tijolaço - Reportagem de O Globo, assinada por Eliane Oliveira , Filipe Barini e por Claudia Antunes – amiga que é competentíssima na cobertura de relações internacionais – mostra que não é verdadeira a alegação brasileira – já de si sabuja, pois é a de obedecer mesmo sem ter sido mandado – de que não houve orientação norte-americana para que o Brasil se negasse a abastecer dois navios iranianos que estão aqui para levar uma carga de milho para aquele país.

O milho não é mercadoria que esteja sujeita às sanções norte-americanas sobre o Irã, por se tratar de alimento, mas a matéria indica que a pressão dos EUA havia chegado antes, com a remessa de ureia trazida por estas naves do Oriente Médio.

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Ureia é matéria prima para a produção de adubo – é rica em Nitrogênio, o “N” da conhecida fórmula NPK dos fertilizantes – é derivado de petróleo. Mais precisamente, do gás natural associado ao petróleo e o Brasil é dependente dela. As fábricas nrasileiras, pertencentes à Petrobras – Fafen de Sergipe e da Bahia e a UFN de Três Lagoas (MS) e a Araucária Nitrogenados, no Paraná – estão sendo vendidas pela Petrobras, as duas últimas para os russos.

Por ser subproduto da extração petrolífera, a ureia, ao contrário do milho, está na lista de embargos norte americanos.

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Então, a verdadeira história não é a de que estamos sendo aconselhados a deixar de vender grãos para o Irã, é a de que estamos sendo proibidos de comprar onde quisermos matéria-prima para fertilizar nossa agricultura.

O governo brasileiro foi alertado há cerca de três semanas pelo governo americano de que a importação do fertilizante ureia do Irã está sob restrições impostas pelos Estados Unidos , e que empresas brasileiras, incluindo portos, que ajudem a viabilizar o comércio do produto estarão sujeitas a sanções, diz o jornal.

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O Brasil, recorde-se, não tem nenhuma pendência diplomática com o Irã e sequer há ordem ou recomendação da ONU para restringir o comércio com os iranianos.

Trata-se de uma ordem norte-americana sobre relações comerciais de terceiros, o que não existe do Direito Internacional.

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A qual estamos cumprindo com, na prática, o que é um sequestro de embarcações estrangeiras, porque negar que comprem combustível significa, na prática, manter os navios prisioneiros.

A declaração ao jornal do presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, é tragicômica:

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(,,,)o Brasil é um país neutro (…) Mas o Brasil não pode adotar sua neutralidade, porque os EUA não permitem.

Somos neutros se o chefe deixar?

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