CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Mídia

Fernando Brito critica a “vergonha de um parlamento que não fala, atropela”

"Acionou-se o rolo compressor da maldade. Não há mais divergências, não há mais negociação. É aprovar a reforma, seja lá como for", escreve o jornalista Fernando Brito, do Tijolaço; "Também no Legislativo, o Brasil é governado por gente canalha, que tem desprezo pelo seu povo"

Sessão para votar a reforma da previdência. (Foto: Lula Marques)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Por Fernando Brito, do Tijolaço - De quinta-feira para cá, acionou-se o rolo compressor da maldade.

Não há mais divergências, não há mais negociação .

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

É aprovar a reforma, seja lá como for.

Nem a categoria “sagrada” dos policiais.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Muito menos os professores, que todos dizem ser a prioridade.

Vão combater os privilégios, como se os privilegiados, neste país, não tivessem acumulado patrimônio e capital que os fizesse depender de R$ 2 mil ou R$ 3 mil do INSS.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

É a reforma contra os privilegiados que é apoiada pelos privilegiados…

Vão combater as aposentadorias precoces fazendo alguém ter de conseguir contribuir durante 40 anos, para não ser taxado com uma redução abrupta de sua renda modesta, com cortes cruéis em aposentadorias que pouco passam do salário mínimo.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Não é que o brasileiro não queira trabalhar e a maioria trabalha, de fato, até os 65 anos ou até mais. Mas ele perde a garantia dos proventos que lhe dão segurança e, pior, perca parte do parco ganho a que teria direito.

Nenhuma consideração sobre as dificuldades do trabalhador de maior idade, num quadro de desemprego, em seguir trabalhando formalmente e contribuir até os 40 anos para perder apenas pouco?

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Não há debates, não há acordos, não há compensações.

Há a ordem unida.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

De quem a ordem? Do mercado, do capital, daqueles que retiram do Orçamento público, em um ano, metade do trilhão tão desejado por Paulo Guedes.

Gente que nunca disse a seus eleitores que lhe tiraria os direitos de aposentadoria e que, como no impeachment de Dilma Rousseff, imbecis gritam que é “pelas crianças, pelos meus netos”.

Qual! É por eles próprios, pelas polpudas verbas com que, descaradamente, querem se eleger com pequenas obras em municípios do interior, que são nada perto do que deles se retira reduzindo a renda dos aposentados, dos quais dependem estas comunidades para sobreviver.

Pode-se tirar das viúvas, dos órfãos, dos que se aleijaram no trabalho, dos que adoeceram, mas não é possível tirar de quem embolsa lucros e dividendos, não é possível tirar das petroleiras que vêm sugar nosso pré-sal, não é possível tirar de quem herda milhões.

Amanhã, é certo, aprovarão a essência da reforma, que é tirar dos humildes. depois se digladiarão para tirar dela categorias que são suas bases eleitorais.

Também no Legislativo, o Brasil é governado por gente canalha, que tem desprezo pelo seu povo.

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO