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Fernando Brito: Datafolha mostra que Bolsonaro se desgasta, mas ainda não cai

"O eventual impeachment de Bolsonaro, se vier a acontecer, não será para agora, embora isso corresponda a uma necessidade racional da política brasileira", escreve o jornalista Fernando Brito, do Tijolaço. "Nada de tão estranho assim num país que, nos últimos anos, perdeu, na política e em tudo, a razão"

Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Alan Santos/PR)
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Por Fernando Brito, do Tijolaço - A pesquisa Datafolha divulgada agora à noite vai na mesma linha do que se especulou aqui, hoje cedo: Bolsonaro não sofreu perdas que tornem iminente a sua queda, embora desgastando-se fortemente na classe média – como já vinha ocorrendo e as panelas o demonstram -, mas mantendo seu núcleos fanáticos fidelizados.

Algo como entre um quarto e um terço dos Brasileiros, diz o Datafolha, continua emprestando seu apoio a Jair Bolsonaro, seja no desastre com que ele conduz a crise do coronavírus ao caos (27%) quanto como considerando seu governo ótimo ou bom (33%).

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Em um caso como noutro, ainda o suficiente para superar a avaliação de “regular” – 25 e 26% que, em tese, refletiriam a expressão de uma centro-direita – e isso ainda o deixa como dono do campo conservador.

Não impressiona a aprovação a Moro (64%). É a santidade do cadáver, que dura até seu sepultamento e se esvai com a ausência.

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Bolsonaro, a meu ver, segue firme em seu plano: o de conservar sua hegemonia na recentemente inaugurada direita selvagem brasileira, tornando inviável o surgimento de um concorrente numa direita pretensamente civilizada, mas nem tanto pois, em nome do antiesquerdismo concordou em eleger um psicopata como ele para o cargo de presidente.

Não se dará aí o embate, mas no cenário arrasado do país pós-pandemia.

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Hoje, um lunático Paulo Guedes previu a recuperação econômica com “investimentos (concessões) em saneamento, óleo e gás e infraestrutura”.Só pode estar louco, achando que haverá capitais investindo em petróleo – a menos de 30 dólares o barril – e em áreas onde a maturação dos investimentos leva pelo menos dez anos para começar a dar retorno a quem investe.

É evidentemente inviável, quando uma economia desce ao pântano da recessão, um governo de contração e de cortes. Ainda mais quando, contra a vontade deste governo, se viu forçado a adotar um programa de renda mínima que, para ser cortado, não o será sem traumas sociais.

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O eventual impeachment de Bolsonaro, se vier a acontecer, não será para agora, embora isso corresponda a uma necessidade racional da política brasileira.

Nada de tão estranho assim num país que, nos últimos anos, perdeu, na política e em tudo, a razão.

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