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Fernando Brito diz que Temer está com a mão amarela

As emanações do deus romano Crepitus, nas brincadeiras de meus tempos de guri vinham por aquele que tinha a “mão amarela”. Os trouxas, claro, mostravam que as suas mãos não estavam e, tendo sido a voz do gasoso deus mitológico  ou não, se acusavam. Michel Temer, a toda hora, tem feito isso, cavando um abismo que irá tragá-lo. Se Rocha Loures foi gravado dizendo que o dinheiro da mala se destinava ao ocupante do Planalto, como sustentar as temerárias afirmações de que ele “tem boa índole” e é “pessoa decente”?

Presidente Michel Temer. 06/04/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino (Foto: Leonardo Attuch)
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Por Fernando Brito, editor do Tijolaço

As emanações do deus romano Crepitus, nas brincadeiras de meus tempos de guri vinham por aquele que tinha a “mão amarela”.

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Os trouxas, claro, mostravam que as suas mãos não estavam e, tendo sido a voz do gasoso deus mitológico  ou não, se acusavam.

Michel Temer, a toda hora, tem feito isso, cavando um abismo que irá tragá-lo.

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Se Rocha Loures foi gravado dizendo que o dinheiro da mala se destinava ao ocupante do Planalto, como sustentar as temerárias afirmações de que ele “tem boa índole” e é “pessoa decente”?

A admissão do teor da conversa, como se sabe, já foi usada pelo Ministro Luís Fachin como indício suficiente para o inquérito e, provavelmente, o mesmo servirá para que Rodrigo Janot apresente denúncia.

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Temer vem se esmerando, pela culpa evidente, em proclamar inocências que só o condenam.

Hoje, na Folha, Janio  de Freitas destaca o passo inaugural neste processo de autoacusação:

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“Temer, um tanto exaltado, na sua primeira contestação em TV: “Repito e ressalto, em nenhum momento autorizei que pagasse a quem quer que seja para ficar em silêncio”. E ainda: “Ouvi realmente o relato de um empresário que, por ter relação com ex-deputado, auxiliava a família do ex-parlamentar. Não solicitei que isso acontecesse e somente tive conhecimento desse fato nessa conversa pedida pelo empresário”.

Temer contesta o que não foi dito: ninguém lhe atribuiu autorização nem solicitação alguma. E dá aos pagamentos feitos por Joesley uma finalidade que o corruptor não mencionou na conversa gravada. Voltaria à contestação direta, no entanto formal, escrita com jeitão de assessoria.

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Fosse um presidente isento de suspeitas e de referências acusadoras, saber se incentivara pagamento ou relação pessoal poderia merecer cautelas contemporizadoras.(…)

Se não pôde ou não quis enfrentar o interrogatório sem antes tentar burlá-lo, sabe-se o que leva a atitudes assim. Daí que a questão em aberto precisa ser reposta, pelo que pode dizer a respeito de um presidente que precisa ou não do silêncio de acusados de gravíssimas ilicitudes.”

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Talvez, mesmo em silêncio, já se tenha dito o suficiente nas gravações para o que o “não fui eu, não fui eu” soe como confissão.

Como em todos os mentirosos, responder ao que não lhe foi perguntado preventivamente é típico do comportamento de quem mente, como nos versos de Afonso Romano de Sant’ana no poema “A implosão da mentira”: mente, mente, mente./E de tanto mentir tão brava-mente/        constroem um país de mentira/ — diaria-mente.

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