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Fernando Brito: PF foi babaca ao acreditar que um tirano lhe daria poder

Idolatrada pelo bolsonarismo, a PF "pouco entendeu que estaria entregue ao próprio 'Mito'", escreve o jornalista Fernando Brito, do Tijolaço, em análise intitulada 'E não é que foram babacas, mesmo?'". "Esqueceram que, num regime autoritário, os poderes que se pode ter são os poderes que o tirano lhes permite, jamais outros", diz ele

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Por Fernando Brito, do Tijolaço - Durante anos, a Polícia Federal cultivou o “tudo posso em governos que me fortalecem”.

Ganhou pessoal, ganhou equipamentos, teve liberdade de agir, independência para organizar-se e até tolerância em relação a abusos cometidos por alguns de seus integrantes, que seriam inaceitáveis numa polícia séria e profissional, como o caso do agente que fazia tiro ao alvo no desenho de uma presidente ou dos delegados que se articulavam numa espécie de “comitê do Aécio” eletrônico.

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Foi tanto, tanto o que puderam que não resistiram a tentação de poder. Entregaram-se ao espalhafato, às operações “vistosas” em trajes de guerra, com agentes usando -às vezes literalmente – uniformes de Swat e promovendo personagens como o “japonês da Federal” até virarem máscara de Carnaval.

Sobretudo, deixaram formar-se dentro da instituição um partido poderoso, o Partido do Moro, que cultivou, em Curitiba, um segmento de delegados que viu nele a possibilidade de ascensão a posições de comando e que, de fato, o seguiu como a cauda segue o cometa, quando de sua ida para o Ministério da Justiça e, portanto, a uma politização do comando da PF como nem Michel Temer conseguiu fazer.

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Deixou que o sonho de ser FBI fosse substituído por tentações de ser Gestapo.

Idolatrada pelo bolsonarismo, pouco entendeu que estaria entregue ao próprio “Mito”.

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Esqueceram que, num regime autoritário, os poderes que se pode ter são os poderes que o tirano lhes permite, jamais outros.

Agora, têm de assistir calados que o chefe – o de verdade, não o Moro – proclame seu poder de mexer o quanto quiser na instituição, definindo quem pode ou não pode ser investigado e quando os seus olhos podem se abrir ou se fechar.

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Sim, para arejá-la. Com ares de milícia, quem sabe?

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