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Folha avisa: será um escárnio Temer agir para salvar Cunha

Para o jornal de Otavio Frias, “o presidente interino não será perdoado se de fato agir para preservar o mandato de Cunha. Nada menos que 4 em cada 5 eleitores querem a cassação do deputado”, “Negociador habilidoso, Temer sempre se saiu bem com sua capacidade de conciliar interesses. Nesse caso, contudo, precisará mostrar de que lado pretende ficar”, diz

Para o jornal de Otavio Frias, “o presidente interino não será perdoado se de fato agir para preservar o mandato de Cunha. Nada menos que 4 em cada 5 eleitores querem a cassação do deputado”, “Negociador habilidoso, Temer sempre se saiu bem com sua capacidade de conciliar interesses. Nesse caso, contudo, precisará mostrar de que lado pretende ficar”, diz (Foto: Roberta Namour)
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247 - Para a “Folha de S. Paulo”, o presidente interino Michel Temer não será perdoado se de fato agir para preservar o mandato de Eduardo Cunha, que renunciou ontem à Presidência da Câmara:

“Nada menos que 4 em cada 5 eleitores querem a cassação do deputado. Negociador habilidoso, Temer sempre se saiu bem com sua capacidade de conciliar interesses. Nesse caso, contudo, precisará mostrar de que lado pretende ficar”, diz.

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Leia abaixo o editorial:

Até que enfim

Eduardo Cunha (PMDB-RJ) não é mais presidente da Câmara dos Deputados. A renúncia, anunciada nesta quinta (7), atendeu aos anseios de seus adversários, de seus aliados, do governo Michel Temer (PMDB) e da sociedade —cada qual por um motivo diferente.

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Réu no Supremo Tribunal Federal em duas ações penais, sob a acusação de corrupção e lavagem de dinheiro, e investigado em pelo menos quatro outros casos de desvio de recursos públicos e distribuição de propina, Cunha personifica o tipo de político do qual a população quer se ver livre.

Não só a imensa maioria dos brasileiros não tolerava a presença do peemedebista fluminense à frente de uma das Casas do Congresso, ainda que afastado por determinação do Supremo.

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Também seus adversários há muito desejavam diminuir os poderes de Cunha —se não por apreço às instituições republicanas, por medo de suas práticas sorrateiras e de sua falta de escrúpulos para fazer da intimidação um método.

Alívio semelhante sem dúvida se espraia no Palácio do Jaburu. Imagina-se que à abdicação do peemedebista corresponderá uma redução das notícias dando conta de sua influência no governo Temer.

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Além disso, pelo Regimento Interno da Câmara, apenas se realiza nova eleição para a presidência da Casa se o cargo estiver vago. A renúncia cumpre tal função, permitindo que os deputados despachem o folclórico comandante interino, Waldir Maranhão (PP-MA). A nenhum governo interessa um Legislativo sem liderança.

Os próprios aliados de Cunha percebem a oportunidade que se abre com o início dessa disputa. Sendo inegável a ascendência do ex-presidente da Câmara sobre fatia expressiva dos parlamentares, não se descarta que consiga trocar seu apoio pela complacência no processo de cassação.

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Trata-se de gesto desesperado, mas não custa lembrar que, em 2007, Renan Calheiros (PMDB-AL) enfrentou situação parecida: às vésperas de perder o mandato, abriu mão da presidência do Senado e foi absolvido por seus pares.

A eleição na Câmara será portanto decisiva para Michel Temer em mais de um aspecto. No mais óbvio, é sua governabilidade que está em jogo. A presidente afastada, Dilma Rousseff (PT), sabe o quanto dói ter um inimigo dirigindo uma das Casas do Legislativo.

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Ao mesmo tempo, no entanto, o presidente interino não será perdoado se de fato agir para preservar o mandato de Cunha. Nada menos que 4 em cada 5 eleitores querem a cassação do deputado.

Negociador habilidoso, Temer sempre se saiu bem com sua capacidade de conciliar interesses. Nesse caso, contudo, precisará mostrar de que lado pretende ficar.

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