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Mídia

Folha trai sua história ao sabotar as diretas-já

No momento em que 85% dos brasileiros desejam a saída de Michel Temer e a realização de eleições diretas, segundo aponta o próprio Datafolha, o jornal da família Frias faz de tudo para sabotar a vontade popular; além de ter apoiado o golpe de 2016, a Folha deu sustentação total a Temer, chegando até a contratar uma perícia de baixa qualidade para salvá-lo, e, neste domingo, se coloca na linha de frente com as diretas; Otávio Frias Filho faz, com isso, um movimento oposto ao de seu pai, Otávio Frias, que, mesmo tendo apoiado a ditadura militar de 1964, chegando a emprestar carros para o DOI-Codi, percebeu a mudança dos ventos e foi o primeiro a abraçar o movimento das diretas-já, quando a ditadura apodrecia; no Brasil de hoje, a Folha consegue ser mais conservadora do que a Globo

No momento em que 85% dos brasileiros desejam a saída de Michel Temer e a realização de eleições diretas, segundo aponta o próprio Datafolha, o jornal da família Frias faz de tudo para sabotar a vontade popular; além de ter apoiado o golpe de 2016, a Folha deu sustentação total a Temer, chegando até a contratar uma perícia de baixa qualidade para salvá-lo, e, neste domingo, se coloca na linha de frente com as diretas; Otávio Frias Filho faz, com isso, um movimento oposto ao de seu pai, Otávio Frias, que, mesmo tendo apoiado a ditadura militar de 1964, chegando a emprestar carros para o DOI-Codi, percebeu a mudança dos ventos e foi o primeiro a abraçar o movimento das diretas-já, quando a ditadura apodrecia; no Brasil de hoje, a Folha consegue ser mais conservadora do que a Globo (Foto: Leonardo Attuch)
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247 – No momento em que 85% dos brasileiros desejam a saída de Michel Temer e a realização de eleições diretas, segundo aponta o próprio Datafolha (leia aqui), o jornal da família Frias faz de tudo para sabotar a vontade popular.

Além de ter apoiado o golpe de 2016, a Folha deu sustentação total a Temer, chegando até a contratar uma perícia de baixa qualidade para salvá-lo (leia aqui), e, neste domingo, se coloca na linha de frente com as diretas.

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Com isso, Otávio Frias Filho faz um movimento oposto ao de seu pai, Otávio Frias, que, mesmo tendo apoiado a ditadura militar de 1964, chegando a emprestar carros para o DOI-Codi, percebeu a mudança dos ventos e foi o primeiro a abraçar o movimento das diretas-já, quando a ditadura apodrecia.

No Brasil de hoje, a Folha consegue ser mais conservadora do que a Globo.

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Sobre a guinada editorial da Folha, vale a pena ler o texto postado pelo cientista político Luis Felipe Miguel, em seu Facebook:

Em 1983, a Folha de S. Paulo tomou uma decisão ousada e apoiou a campanha das diretas. Foi uma decisão mercadológica. O jornal reforçou sua identidade com um público leitor que já não aceitava mais a ditadura. Projetou uma imagem "progressista", até mesmo "transgressora", de forma surpreendente para uma empresa que, pouco antes, mergulhara até o pescoço na cumplicidade com o terrorismo de Estado. É necessário reconhecer: foi uma jogada de mestre do velho Octávio Frias. A Folha tornou-se o maior e mais influente jornal do país.

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Hoje, o jornal segue no rumo oposto. Está na linha de frente da defesa de Michel Temer e, sabendo que a permanência do golpista no poder está se tornando inviável, faz de tudo para abater no nascedouro a nova campanha das #DiretasJá. A manchete de hoje é um primor: "Maiores partidos rejeitam votar a favor de Diretas-Já". Deve ser um furo de reportagem digno de um Prêmio Esso: a Folha "apurou" que as direções do PMDB, PSDB, DEM etc. são contra as diretas. O objetivo de dar informação tão banal em manchete é cristalino: fazer pensar que a campanha é inútil, que o jogo já está decidido.

Se tudo se resumisse ao Congresso, seria isso mesmo. Quanto mais a pressão por diretas crescer, porém, maior será o custo de escolher o substituto de Temer sem consultar o eleitorado. É isso que a Folha deseja evitar.

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Na página 3, com direito a chamada de capa, um artigo assinado por Temer, afirmando que permanecerá até o final no cargo que usurpou - "a serviço das reformas" - e proclamando sua honestidade e sua devoção à democracia e à Constituição. Mesmo depois do vexame da entrevista exclusiva, em que a Folha foi incapaz de perceber contradições gritantes na defesa que Temer fez de si mesmo, o jornal permanece como veículo privilegiado da comunicação do Planalto.

O que mudou na Folha, da primeira campanha das diretas para cá? Não creio que apenas a falta de horizontes de Frias Filho explique. Mudou também o mercado, mudaram as condições de existência dos jornais. A Folha mantém seu discurso do "mandato do leitor", a bizarra construção ideológica com que busca justificar a falta de pluralidade do mercado de mídia brasileiro, mas claramente se despreocupou disso. No mundo novo que as tecnologias da comunicação geraram, é cada vez mais difícil sobreviver vendendo informação. É mais negócio vender influência, alugando, a quem puder pagar, o que restou de seu prestígio.

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