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GGN: MPF usa condenação de Cunha para acusar Lula

Teoria dos procuradores da Lava Jato do Paraná é que o PMDB e Eduardo Cunha foram beneficiários da corrupção do governo Lula na Petrobras, aponta reportagem do Jornal GGN, do jornalista Luis Nassif

Teoria dos procuradores da Lava Jato do Paraná é que o PMDB e Eduardo Cunha foram beneficiários da corrupção do governo Lula na Petrobras, aponta reportagem do Jornal GGN, do jornalista Luis Nassif (Foto: Gisele Federicce)
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Por Patricia Faermann, do Jornal GGN - A conclusão dos procuradores da República da força-tarefa do Paraná foi que o PMDB e Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara, se beneficiaram "direta e indiretamente do esquema de corrupção na Petrobras, sobretudo no âmbito da diretoria Internacional da companhia". Em mais de cem páginas, os investigadores pedem a condenação de Cunha para se aproximar da teoria contra o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Com o claro objetivo de responsabilizar o governo do PT, a força-tarefa indica que o peemedebista recebeu propinas em contratos do campo petrolífero de Benin, na África, pela Petrobras em 2011, nos contratos para construção dos navios-sonda Petrobras 10000 e Vitória 10000, e no de afretamento do navio Titanium Explorer, apenas para apoiar o governo vigente.

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"Em troca de apoio ao governo, deputados do PMDB, entre eles EDUARDO CUNHA, recebiam uma espécie de "pedágio" sobre os contratos celebrados pela Diretoria Internacional da PETROBRAS, entre eles o relativo à compra dos direitos exploratórios do campo de petróleo localizado na República de Benin, objeto desta denúncia", chega a conclusão os procuradores.

A tese evidenciou diretamente o objetivo de responsabilizar o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apenas com base em uma reportagem, do Estado de S. Paulo, publicada em 2007.

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No pedido de condenação de Cunha, a reportagem foi anexa na íntegra. "No primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva as diretorias da Petrobras ficaram com PT e PP. Ao entrar na coalizão, o PMDB quis espaço na estatal e indicou para a Diretoria Internacional João Augusto Henriques", informa trecho do conteúdo noticioso destacado pelos procuradores da Lava Jato.

A linha dos investigadores segue, traçando que todas as indicações, inclusive as que tinham relação apenas com o PMDB como grupo político beneficiado pelo esquema de corrupção da Petrobras, partiram da responsabilidade do PT e do ex-presidente Lula:

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"Com efeito, a indicação política de JORGE ZELADA por parte do PMDB foi confirmada pelo ex-Presidente LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, ouvido como testemunha na presente ação penal", resumem os investigadores.

Segundo a tese da Procuradoria, o ex-deputado foi parte de um esquema, em que com provas levantadas ele mesmo se autobeneficiou, mas que, entretanto, integrou um jogo político maior, partindo do governo Lula. A participação de Eduardo Cunha se deu desde a obtenção de propinas, mas inicialmente com o apoio à indicação de Jorge Zelada na Diretoria Internacional da Petrobras, em 2008, nome que era exclusivamente de decisão do PMDB, à época:

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"Foi comprovado no decorrer da presente ação penal que o ex-deputado Eduardo Cunha participou da sua nomeação, manutenção e apoio no cargo e posteriormente beneficiou-se financeiramente desta influência. As provas produzidas na presente ação penal evidenciaram que a nomeação de Jorge Zelada se deu em razão de um arranjo político estabelecido entre o PMDB e o PT, na época o partido governista. Em troca de apoio político em votações de interesse do governo no Congresso Nacional, a diretoria Internacional da Petrobras passou a ser 'loteada' em favor do PMDB a partir de 2007, especificamente da bancada do PMDB de Minas Gerais na Câmara dos Deputados", narrou o MPF.

Foi quando o ex-presidente Lula, arrolado por Cunha como testemunha de autodefesa, afirmou que o esquema de indicações de cargos na Petrobras ocorria por todos os partidos da base do governo, que mais uma vez os procuradores concluíram a tese: "o loteamento de cargos na administração pública federal e na PETROBRAS em troca de apoio político também foi confirmada por LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA".

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Por outro lado, no caso específico de Cunha, os integrantes do MPF destacaram que "m todos estes processos existem diversas provas de que tanto o PMDB quanto o acusado Eduardo Cunha beneficiaram-se direta e indiretamente do esquema de corrupção na Petrobras, sobretudo no âmbito da diretoria Internacional da companhia".

Leia aqui a íntegra das alegações dos procuradores do Paraná contra Eduardo Cunha.

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