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'Governos não devem se preocupar com o gasto no combate à Covid-19, mas com o custo de não fazer nada', diz editor do FT

"Os governos precisam gastar. Com o passar do tempo, entretanto, precisarão reorientar o foco, passando-o do socorro financeiro para a sustentabilidade do crescimento", destaca Martin Wolf, editor e analista econômico do jornal Financial Times

Martin Wolf (Foto: Jolanda Flubacher/World Economic Forum | Heudes Regis/SEI)
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247 - Martin Wolf, editor e principal analista econômico do jornal Financial Times, avalia que os efeitos da pandemia da Covid-19 serão longos e deverão ”dar ao mundo não apenas uma recessão profunda, mas anos de debilidade”. “Para enfrentar a ameaça de uma “covid econômica longa”, as autoridades precisam evitar repetir o erro de retirar as medidas de suporte econômico demasiado cedo, como o fizeram depois da crise financeira de 2008”, diz Wolf em um artigo reproduzido pelo jornal Valor Econômico

Ele observa, ainda, que “durante a quarentena, o peso do apoio precisa estar nas transferências de dinheiro, nos benefícios aos desempregados, no adiamento temporário de impostos e das contribuições para a seguridade social e na ajuda à liquidez das empresas”. 

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“Durante a reabertura, o apoio precisa ser mais direcionado, com o foco dos incentivos passando a ser a colocar as pessoas de volta ao trabalho. Deveriam ser feitos planos para elevar os investimentos públicos. Paralelamente, o apoio às empresas precisa ter foco naquelas que tenham perspectivas razoáveis, mas sob a condição da imposição de controles sobre a distribuição de dividendos e a remuneração dos executivos”, completa.

“Conseguir fazer tudo isso da forma certa será complicado, em particular, tendo em vista que o momento das transições entre as várias fases da doença é incerto e que elas nem sempre estão na mesma direção. As autoridades precisam ser flexíveis, mas não podem ser frugais em suas ações”, avalia o editor do Financial Times. 

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Para ele, “os governos precisam gastar. Com o passar do tempo, entretanto, precisarão reorientar o foco, passando-o do socorro financeiro para a sustentabilidade do crescimento. Se nesse momento, em última análise, os impostos precisarem ser elevados, terão que recair sobre os que saíram ganhando. Isso é uma necessidade política. Isso também é algo que está correto”.

“É preciso evitar uma covid econômica longa. Isso não significa abandonar os esforços para controlar a doença, mas, sim, o oposto. Isso também exigirá políticas econômicas ousadas, ativas e criativas por vários anos à frente. Não se preocupe sobre qual será o custo de fazer. Preocupe-se muito mais com qual será o custo de não fazê-lo”, afirma Wolf. 

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