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Mídia

Haddad confronta jornalistas a serviço da família Marinho

Coordenador do programa de governo de Lula, Fernando Haddad enfrentou uma agressiva bancada de jornalistas da CBN, da família Marinho, numa entrevista marcada por interrupções e hostilidade; o veto e a hostilidade contra o PT e a esquerda estão cada dia mais escancarados na mídia conservadora, especialmente nos veículos da família Marinho

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247 - O ex-prefeito de São Paulo e coordenador do programa de governo da candidatura Lula, Fernando Haddad, confrontou uma bancada agressiva de jornalistas no Jornal da CBN, rádio da família Marinho, na manhã desta terça-feira (24). Apesar de ser o entrevistado, em vários momentos da entrevista de pouco mais de 6 minutos Haddad foi impedido de falar pelo jornalista Gerson Camarotti, que faz a linha de frente do "globismo" (o partido dos Marinho, donos da Globo) como analista político, ao lado de Merval Pereira, e pelo âncora Mílton Jung. A ofensiva das mídias das Organizações Globo contra o PT chegou a um ponto culminante com o veto da GloboNews a Lula ou um representante indicado por ele na rodada de cinco entrevistas que fará com os candidatos melhor posicionados nas pesquisas -o líder, entretanto, está proibido na Globo.

O veto à fala livre de pessoas de esquerda tem se disseminado pela imprensa conservadora e ganhou destaque depois que a pré-candidata do PC do B à Presidência, Manuela D'Ávila, foi interrompida 63 vezes no programa Roda Viva em 25 de junho, numa condição agravada pela misoginia da bancada. Pouco menos de um mês depois, Geraldo Alckmin foi ao mesmo programa da TV Cultura e não foi interrompido uma única vez. A mídia conservadora tem buscado manter a aparência de respeito à lei, que exige a presença dos candidatos e candidatas em suas sabatinas, mas cria um fogo de barragem para impedir que a mensagem da esquerda chegue aos eleitores. 

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Na entrevista para a CBN, Camarotti dedicou-se a atacar sistematicamente o governo Dilma e fazer uma defesa sutil do governo Temer, enquanto Haddad apresentava os pontos centrais do programa de governo de Lula. Enquanto isso, o ancora Jung, assumindo as vestes de ministro do TSE ou do STF garantia aos ouvintes que "o PT está insistindo com a candidatura Lula apesar de ela ferir a Lei da Ficha Limpa" -como se sabe, não há qualquer decisão dos tribunais de impugnação da candidatura de Lula, mas a imprensa conservadora tem disseminado a versão de que ela seria "ilegal". Haddad lembrou que 122 juristas de primeira linha do país já se manifestou afirmando que "a sentença contra o Lula não para em pé". Jung interrompeu Haddad para insistir que "está claro que ele está condenado em segunda instância e em segunda instância a Ficha Limpa não permite que ele concorra como candidato". Haddad pacientemente explicou que a jurisprudência do TSE indica que o registro deve ser aceito -só será vetado se os ministros mudarem o entendimento da corte. Pela terceira vez, Jung insistiu que o PT "está perdendo espaço ao insistir numa candidatura que não deverá se concretizar". Haddad respondeu que "os adversários não estão comemorando isso; porque os adversários não estão comemorando isso que você aponta como um erro do PT? Provavelmente porque a população, apesar de tudo o que está acontecendo quer votar no Lula e elegê-lo presidente. É a estratégia de nossos adversários que não está dando certo".   

Ouça a íntegra da entrevista clicando aqui.

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