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Kotscho: “Centrão” de Cunha poderá eleger Rodrigo Maia

"Se houver eleição indireta no Congresso, aconteça o que acontecer, uma coisa é certa, basta fazer as contas: o provável sucessor de Michel Temer sairá do 'centrão' de Eduardo Cunha, a bancada suprapartidária financiada pelo ex-presidente da Câmara em 2014", diz o jornalista Ricardo Kotscho sobre a era pós-Temer; "Cunha perdeu tudo, menos o poder de influência na Câmara e em setores do governo. De dentro da prisão, continua dando cartas como grande cabo eleitoral e fiador de nomeações federais enquanto não faz a sua temida delação", diz Kotscho

"Se houver eleição indireta no Congresso, aconteça o que acontecer, uma coisa é certa, basta fazer as contas: o provável sucessor de Michel Temer sairá do 'centrão' de Eduardo Cunha, a bancada suprapartidária financiada pelo ex-presidente da Câmara em 2014", diz o jornalista Ricardo Kotscho sobre a era pós-Temer; "Cunha perdeu tudo, menos o poder de influência na Câmara e em setores do governo. De dentro da prisão, continua dando cartas como grande cabo eleitoral e fiador de nomeações federais enquanto não faz a sua temida delação", diz Kotscho (Foto: Aquiles Lins)
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Por Ricardo Kotscho, no Balaio do Kotscho - "O que andou acontecendo enquanto estive fora?", perguntou Barack Obama, como se não soubesse de nada, a um grupo de jovens na Universidade de Chicago, em abril, no dia em que voltou de três meses de férias, depois de passar o cargo para Donald Trump.

No tempo em que as pessoas e as notícias viajavam de navio era comum isso acontecer, mas agora é impossível, infelizmente, não saber o que aconteceu na nossa  ausência. Os fatos nos perseguem online em qualquer lugar.

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Por aqui, aconteceu muita coisa na minha breve parada técnica, mas vejo que continua tudo no mesmo lugar.

Se houver eleição indireta no Congresso, aconteça o que acontecer, uma coisa é certa, basta fazer as contas: o provável sucessor de Michel Temer sairá do "centrão" de Eduardo Cunha, a bancada suprapartidária financiada pelo ex-presidente da Câmara em 2014.

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Formada basicamente pelo chamado baixo clero, esta bancada conta com cerca de 70% dos 513 deputados federais, ou seja, a absolutíssima maioria do colégio eleitoral.

O Senado só tem 81 parlamentares, muito pouco para bancar um candidato. Por isso, nomes como o do senador Tasso Jereissatti e o do ex-ministro Nelson Jobim estão sumindo das bolsas de apostas.

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Neste quadro, desponta cada vez mais como favorito numa possível sucessão presidencial o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia, um ex-aliado que herdou os votos, a tropa de choque e os métodos do "centrão", quando Cunha foi afastado do cargo, cassado e depois preso e condenado pela Lava Jato em Curitiba.

Cunha perdeu tudo, menos o poder de influência na Câmara e em setores do governo. De dentro da prisão, continua dando cartas como grande cabo eleitoral e fiador de nomeações federais enquanto não faz a sua temida delação.

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Mestre na política do toma lá dá cá, o ex-deputado carioca derrubou as barreiras entre público e privado para montar sua bancada particular.

Não chegou por acaso nem pela sua simpatia à presidência da Câmara, derrotando por goleada o candidato da então recém reeleita Dilma Rousseff.

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"Este ano não tive dificuldades para captar. Até sobrou dinheiro na minha campanha", contou Cunha à Folha, logo após a eleição, em novembro de 2014.

Sobrou até para eleger dezenas de colegas de outros partidos e Estados que o acompanhariam na votação do impeachment e outras batalhas.

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Esta facilidade que encontrou na captação de recursos ele mesmo explicou candidamente aos repórteres David Friedlander e Catia Seabra:

"Na maioria das vezes, são as empresas que me procuram. Até porque, tenho a mesma visão delas".

Na lista de doadores oficiais apresentada por Eduardo Cunha, que o financiaram com R$ 6,8 milhões naquela eleição, estavam os bancos Bradesco, BTG Pactual, Safra e Santander, e empresas como Vale, Ambev e Coca-Cola, uma boa parcela do PIB brasileiro. Ainda não tinha aparecido a JBS na história.

Também não se falava em Rodrigo Maia, um jovem e discreto líder do DEM, que havia concorrido à Prefeitura do Rio em 2012. Obteve apenas 3% dos votos numa chapa formada com a filha de Garotinho.

Quis o destino que neste breve período um fosse parar na cadeia e o outro possa acordar qualquer dia desses como presidente da República.

O que está ruim sempre pode piorar.

Pobre República.

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