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Kotscho: Gols contra do governo reanimam tucanos

Colunista diz que, em meio ao fogo amigo OT-PMDB, tucanos, “que andavam quietinhos em seu ninho, resolveram mostrar os bicos, na esperança de faturar o descontentamento do PMDB e de outros partidos aliados”; “o candidato Aécio Neves deu a sua mais contundente entrevista contra o governo Dilma, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fez uma palestra no mesmo tom e até José Serra ressuscitou com um artigo ácido como se estivesse ainda em campanha”

Colunista diz que, em meio ao fogo amigo OT-PMDB, tucanos, “que andavam quietinhos em seu ninho, resolveram mostrar os bicos, na esperança de faturar o descontentamento do PMDB e de outros partidos aliados”; “o candidato Aécio Neves deu a sua mais contundente entrevista contra o governo Dilma, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fez uma palestra no mesmo tom e até José Serra ressuscitou com um artigo ácido como se estivesse ainda em campanha” (Foto: Roberta Namour)
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247 – A oposição acordou e agora tenta faturar com o descontentamento do PMDB e de outros partidos. É o que diz o colunista Ricardo Kotscho, que lista reações do PSDB na semana em que a presidente Dilma Rousseff administra a rebelião no Planalto. Leia:

Gols contra do governo reanimam oposição tucana

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Como era de se esperar, ao perceber que esticou demais a corda, o governo Dilma resolveu ceder às chantagens do PMDB e abriu seu balaio de bondades: entregou ao partido dois ministérios (Agricultura e Turismo), mandou seus ministros reabrirem o diálogo com os rebelados e prometeu liberar finalmente as verbas das emendas parlamentares, mas pode ter sido tarde demais para recuperar o controle da situação, depois de marcar muitos gols contra nas últimas semanas, que acabaram reanimando a oposição. Isso só vamos saber quando forem divulgadas as próximas pesquisas.

Ao comprar uma briga que não precisava, levando a reforma ministerial em banho-maria até secar a água, os articuladores do governo pareciam até o zagueiro artilheiro Antônio Carlos, que marcou dois gols contra o São Paulo no jogo de domingo contra o Corinthians. Para completar, Dilma ainda foi fazer a graça de dizer que o PMDB só lhe dá alegrias, no momento mais tenso das relações com seu principal aliado, que se juntou a outros partidos para encurralar o governo.

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Resultado: depois de Eduardo Campos chutar o balde na semana passada ao dizer que o país não aguentava mais quatro anos de Dilma, até os tucanos, que andavam quietinhos em seu ninho, resolveram mostrar os bicos, na esperança de faturar o descontentamento do PMDB e de outros partidos aliados, que impuseram duras derrotas ao governo nos últimos dias, com a criação de uma comissão para investigar a Petrobras e a convocação de dez ministros para prestar contas ao Congresso Nacional.

Na quarta-feira, em meio ao tiroteio do fogo amigo, o candidato Aécio Neves deu a sua mais contundente entrevista contra o governo Dilma, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fez uma palestra no mesmo tom e até José Serra ressuscitou com um artigo ácido como se estivesse ainda em campanha: "Poucas vezes a condução governamental atrapalhou tanto os rumos da economia brasileira como nos dias atuais".

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"Um governo autoritário, que não quer aliados, quer vassalos. Um governo que não quer partidos para compartilhar um projeto de Brasil, quer aliados para vencer as eleições", mandou ver o presidenciável Aécio Neves, jogando uma isca para os dissidentes do PMDB.

Aécio não deixa de ter razão quando afirma que "isso tudo é consequência da arrogância com que o PT vem conduzindo o governo até aqui, e agora colhe estes frutos". Como se tivessem combinado, FHC, que se tornou o principal cabo eleitoral de Aécio, disse num debate sobre os 20 anos do Plano Real que o governo "impõe uma agenda da ditadura(...) à revelia da sociedade e do Congresso".

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O ex-presidente pregou uma "radicalização da democracia" e atacou duramente o presidencialismo de coalizão: "Não temos coalizão. O que temos é cooptação. Não estão brigando por um projeto, mas por espaço. O resultado é o esvaziamento da agenda pública". E qual seria o projeto ou a agenda do PSDB? Isto nem Aécio, nem FHC nem Serra conseguiram definir até agora em suas arengas contra o governo.

O mais estranho é que até o momento em que escrevo, na manhã desta quinta-feira, não apareceu ainda nenhum líder do governo ou do PT para rebater as críticas tucanas e defender a presidente Dilma, que parece cada vez mais isolada no enfrentamento de uma situação que lhe é bastante desfavorável no momento, recebendo críticas de todos os lados, até de tradicionais apoiadores dos governos petistas.

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É recomendável que a presidente Dilma viaje menos e se dedique mais a arrumar a casa governista, que anda meio de pernas para o ar. E é natural que a combalida oposição se aproveite disso, até para cada um demarcar o seu espaço na luta por uma vaga no segundo turno.

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