Kotscho: “Rouba mas faz” agora dá cadeia?
jornalista Ricardo Kotscho comentou nesta quarta-feira, 24, a condenação do deputado Paulo Maluf (PP-SP) a 7 anos e 9 meses por lavagem de dinheiro pelo STF; "Bobagem imaginar que esta foi uma decisão histórica, um divisor de águas na Justiça brasileira e que, daqui para a frente, com a Operação Lava Jato, tudo será diferente _ salvo honrosas exceções de alguns presos emblemáticos ainda à espera de julgamento na última instância", afirma; para o jornalista, se o STF seguir o mesmo ritmo, Michel Temer e as centenas de denunciados nas delações da Odebrecht e da JBS só deverão ter suas sentenças proclamadas lá para 2040; "Paulo Salim Maluf poderá ser lembrado no futuro apenas como o símbolo de uma época romântica da corrupção, antes da chegada dos profissionais"
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247 - O jornalista Ricardo Kotscho comentou nesta quarta-feira, 24, a condenação do deputado Paulo Maluf (PP-SP) a 7 anos e 9 meses por lavagem de dinheiro pelo Supremo Tribunal Federal (leia aqui).
"Acusado de crimes praticados nos anos 90 do século passado, quando era prefeito de São Paulo, Paulo Maluf só foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal na tarde desta terça-feira, 23 de maio de 2017. 'Rouba mas faz' era o slogan popularmente atribuído ao folclórico político populista Adhemar de Barros, um precursor dos propineiros modernos, ex-prefeito e ex-governador de São Paulo, que chegou a ser candidato a presidente da República", lembra Kotscho.
Apesar da decisão, Kotscho é cético quanto cumprimento da pena. "Como Paulo Maluf já tem 86 anos, e ainda cabem recursos e embargos, depois que a decisão for publicada no Diário da Justiça, no prazo de 60 dias, no máximo ele irá ficar em prisão domiciliar na sua bela mansão do Jardim América, onde cultiva uma adega invejável", afirma.
"Bobagem imaginar que esta foi uma decisão histórica, um divisor de águas na Justiça brasileira e que, daqui para a frente, com a Operação Lava Jato, tudo será diferente _ salvo honrosas exceções de alguns presos emblemáticos ainda à espera de julgamento na última instância", afirma.
Para o jornalista, se o STF seguir o mesmo ritmo, Michel Temer e as centenas de denunciados nas delações da Odebrecht e da JBS só deverão ter suas sentenças proclamadas lá para 2040. "Paulo Salim Maluf poderá ser lembrado no futuro apenas como o símbolo de uma época romântica da corrupção, antes da chegada dos profissionais", afirmou.
Leia o texto na íntegra no Balaio do Kotscho.
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