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Le Monde diz que relatório da CPI da Covid faz 'acusações gravíssimas' contra Bolsonaro

Depois de seis meses de investigação, relatório da CPI da Covid sugere que 66 pessoas sejam indiciadas

Jair Bolsonaro (Foto: Alan Santos/PR | Reprodução)
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Opera Mundi - Lido nesta quarta-feira (20/10) no Senado, o relatório final da CPI da Pandemia, com o pedido de indiciamento de 66 pessoas - incluindo o presidente Jair Bolsonaro - repercutiu em diversos veículos de imprensa no exterior, com todos destacando a gravidade das descobertas contidas no texto.

O jornal francês Le Monde disse que "apesar de gravíssimas, essas acusações devem ter impacto simbólico, essencialmente político", apontando para o apoio “suficiente” que Bolsonaro encontra no Congresso, o que evitaria um processo de impeachment. O periódico disse também que "o procurador-geral da República, Augusto Aras, aliado do presidente, deve bloquear qualquer indiciamento".Já o jornal britânico The Guardian reportou que “Bolsonaro deveria ser acusado de crimes contra a humanidade, concluiu inquérito da covid” e citou trechos do relatório no texto.

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"O documento de 1.180 páginas - que aponta de maneira feroz a resposta 'desidiosa' e anticientífica do governo Bolsonaro contra a pandemia - será uma leitura profundamente incômoda para o líder de extrema-direita do Brasil e dezenas de aliados, contra quais indiciamentos também são recomendados", diz o texto.

El País escreve que a "gestão errática" de Bolsonaro envolveu "a propagação de informações falsas sobre a covid-19", destacando que "houve uso da máquina do governo e cumplicidade do Conselho Federal de Medicina, que permitiu a alguns de seus membros promover medicamentos de eficácia não comprovada contra a doença".

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O periódico espanhol também apontou que a opção pela imunidade de rebanho, em uma suposta tentativa de não prejudicar a economia, ajudou o Brasil a atingir índices de mortalidade bem superiores a outros países do mundo.

Já a emissora multiestatal teleSur destacou que a CPI afirmou ter reunido “evidências que mostram que o governo federal se calou e optou por agir de maneira não técnica e imprudente para enfrentar a nova pandemia, expondo deliberadamente a população a um risco de infecção maciça''.

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A teleSur também lembrou que a comissão do senado “lamentou que a ênfase do governo Bolsonaro fosse a proteção e preservação da economia, bem como o incentivo à manutenção das atividades comerciais”.

O jornal alemão Der Tagesspiegel diz que a CPI foi acompanhada "como uma telenovela pelos brasileiros" e que, depois de 600.00 mil mortos, sérias acusações foram feitas contra Bolsonaro.

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"Mesmo quando eles não descobriam nada de realmente novo, ficava clara a extensão do que já era conhecido. Nesta categoria, o fato de que o governo deixou sem resposta mais de 50 e-mails da farmacêutica Pfizer, que queria mandar vacinas contra o coronavírus para o Brasil", afirma o texto.

Ao noticiar sobre o relatório da CPI, o jornal francês Libération destacou os termos "charlatanismo" e "homicídio voluntário" e lembrou, logo de início, que uma das "habituais bravatas" de Bolsonaro diante dos primeiros vazantes dos conteúdos do relatório na semana anterior foi dizer que "O Renan está achando que eu não vou dormir à noite. Aquele bandido!"

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Já o argentino Clarín destacou que "uma comissão do Senado recomenda acusar Bolsonaro de 'crime contra a humanidade'", e ilustrou a matéria com a imagem de uma manifestante que carrega um cartaz do presidente brasileiro com um bigode hitleriano. 

O periódico lembrou que "no final, não será por genocídio, como foi dito na terça-feira", que se dará a recomendação de acusação contra Bolsonaro, mas "por dez crimes durante a gestão da pandemia".

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