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Maria Cristina Frias acusa irmão e diretores da Folha de enriquecerem enquanto cortam 25% do salário dos jornalistas na pandemia

Em ação judicial, ela pede a demissão de Judith Brito, diretora-superintendente do Grupo Folha, quem acusa de prejudicar as contas da empresa, “ilegalmente beneficiar Luis Frias [seu irmão e herdeiro] e, agora até, se auto remunerar em milhões”

Maria Cristina Frias e Luis Frias, do Grupo Folha (Foto: World Economic Forum/Benedikt von Loebell | Webysther | Reprodução)
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247 - Em mais um capítulo da longa batalha judicial entre os irmãos herdeiros do Grupo Folha, Maria Cristina Frias entrou com uma ação judicial para reclamar que não está sendo cumprida a decisão que deu a ela o poder financeiro sobre a empresa e pedir a demissão de Judith Brito, diretora-superintendente do Grupo Folha, a quem acusa de beneficiar seu irmão, Luis Frias, e atuar em prol de seu próprio enriquecimento.
A jornalista perdeu o cargo de diretora de redação e está afastada do grupo há cerca de dois anos. O irmão, Luis Frias, que é dono da Folha e do PagSeguro, renunciou ao comando do jornal em agosto do ano passado.

Em outubro de 2020, Maria Cristina, titular de mais de 5% das ações preferenciais e de mais 1/10 das ações ordinárias, conquistou o direito de controlar as finanças da companhia, inclusive instalando um Conselho Fiscal. Ela argumenta agora, porém, que o Conselho vem sendo obstruído e que há recusa no fornecimento de documentos e informações sobre a contabilidade da empresa.

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Sobre Judith Brito, ela assinala: “a administradora vem esvaziando o patrimônio da Companhia para beneficiar Luis Frias e suas outras empresas, e agora a si própria, tendo agido para viabilizar a auto concessão de um aumento de remuneração de até 3 milhões”. E acusa ainda a diretora-superintendente de “sonegar informações escancaradamente para prejudicar o funcionamento do Conselho Fiscal”.

Cortes de salários

Entre outros fatos novos que comprovam o descumprimento do acordo entre os acionistas, Maria Cristina Frias cita o acréscimo substancial na remuneração dos admnistradores - “com base em metas vagas e sem transparência”. Segundo a ação, “já foram dispendidos R$2,7 milhões apenas nos primeiros 4 meses [de 2021], com apenas 3 diretores, ao passo que, no exercício anterior inteiro, foram R$4,9 milhões com 4 diretores”.

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“E aqui com requintes de crueldade, tendo em vista que, em meio às restrições orçamentárias do último ano — e tendo a administração se recusado a reivindicar os dividendos que a FolhaPar/OFL deve à Folha de S.Paulo —, a administração decidiu se valer de Medida Provisória editada pelo Governo Federal no contexto da pandemia (cf. doc. 09) para cortar 25% dos salários dos jornalistas(!). Os diretores, porém, não apenas mantiveram sua remuneração integral, como ainda premiaram a si próprios com aumento em sua remuneração variável, com base em “metas” vagas e sem transparência — o diretor Sérgio Dávila, v.g., recebeu um incremento de 39% do que costumava ser a remuneração variável do diretor de Redação”.

Confira a íntegra do documento:

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