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Marielle Franco é homenageada na Marcha Nacional Lula Livre

Nos 151 dias completados do assassinato de Marielle Franco, a Marcha Nacional Lula Livre, organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)  e pelos movimentos populares que integram a seção brasileira da Via Campesina, presta uma homenagem à vereadora; no terceiro dia de marcha, os integrantes da Coluna Prestes, que representa os estados do sul e sudeste do país, saíram de Valparaíso de Goiás e caminharam 15 km até Santa Maria (GO) e, durante a caminhada, a luta de Marielle Franco foi relembrada

Marielle Franco é homenageada na Marcha Nacional Lula Livre (Foto: Mídia NINJA)
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Do Brasil de Fato - Há 151 dias, Marielle Franco, vereadora do PSOL, mulher negra, LGBT e moradora da Favela da Maré, foi brutalmente assassinada no Rio de Janeiro. A militante socialista é homenageada neste domingo (12) pela Marcha Nacional Lula Livre, organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)  e pelos movimentos populares que integram a seção brasileira da Via Campesina. 

No terceiro dia de marcha, os integrantes da Coluna Prestes, que representa os estados do sul e sudeste do país, saíram de Valparaíso de Goiás e caminharam 15 km até Santa Maria (GO). Durante a caminhada, a luta de Marielle Franco foi relembrada. 

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De cima do carro de som, Terezinha Sabino, do MST de Minas Gerais, relembrou o legado da vereadora e afirmou que sua luta é inspiração das mulheres sem-terra. 

“A voz de Marielle vai estar sempre em nossa memória. Enquanto mulheres camponesas e trabalhadoras do campo e da cidade, vamos levar adiante a esperança, a nossa indignação”, disse Terezinha. 

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Acampamento Marielle Vive

Desde o fim do mês de abril, mais de 1200 famílias do MST constroem cotidianamente o acampamento Marielle Vive em uma fazenda improdutiva localizada na Estrada dos Jequitibás, no município de Valinhos, região metropolitana de Campinas, em São Paulo. 

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Participando da Coluna Prestes, as famílias do acampamento que homenageiam a vereadora carioca são, principalmente, das cidades de Limeira, Valinhos, Americana, Sumaré, Hortolândia e da periferia de Campinas. 

A empresa Eldorado Empreendimentos Imobiliários alega ser dona do terreno e entrou com um pedido de reintegração de posse contra os integrantes do MST. Contudo, em maio, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) emitiu uma decisão favorável ao acampamento, já que a área não era utilizada há anos. 

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A decisão foi considerada uma grande vitória pelo MST, já que destaca a necessidade do proprietário cumprir a função social da terra. 

Marchando em direção à Santa Maria (GO) e esbanjando simpatia, Adalberto Cabral, de 46 anos, conta que está há 4 meses no acampamento, onde são desenvolvidos trabalhos sociais como aulas de inglês e capoeira, entre outras atividades. 

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“Quando eu cheguei no MST, foi como se eu tivesse me encontrado. Eu não tinha conhecimento do que existia. O Movimento tem uma visão política, de vida, que sempre foi a minha, mas eu achava que era sozinho. Hoje vejo que não. Sou apenas mais uma gota em um mar inteiro”, diz Adalberto. “Eu tive oportunidade de abrir uma porteira [um novo assentamento] em conjunto com o Marielle, foi uma ótima experiência. Desde que cheguei, tenho tentado me engajar junto ao Movimento. Para mim, essa luta é constante e não pretendo parar”, completou.

Mulheres na luta

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Carregando uma faixa com os dizeres “Mulheres na luta”, Maria Leni da Silva, que também mora no Acampamento Marielle Vive, ressalta a homenagem do acampamento à vereadora. 

“Marielle foi uma guerreira enquanto estava aqui na terra com a gente. E mataram ela por causa disso, principalmente porque ela lutava por nós. Colocamos o nome em homenagem a ela, para nos dar ânimo e força. Para não deixar que a causa dela morresse. É em memória dela”, resume. 

Na sua opinião, os movimentos sociais se fortaleceram para denunciar as injustiças da morte de Marielle. “As pessoas ganharam força, foram lutar, para que a morte dela não seja em vão”, afirmou. 

Foi a irmã de Maria Leni quem lhe apresentou ao MST, mas a acampada assume que foi relutante no começo devido à criminalização do Movimento existente na sociedade.

“Eu vim e me apaixonei. Não é nada do que falam. Somos uma família, somos unidos. Companheiros e companheiras. [No ovimento] As mulheres tem chance de recomeçar. De provar para elas mesmas que elas podem trabalhar e tem sua importância na luta”, relata.

Ela define Valinhos como “a cidade dos burocratas” e denuncia que, apesar do acampamento ter algum apoio da população, os vereadores e o prefeito da cidade negam água e transporte aos integrantes do MST.  

Os moradores do Marielle Vive plantam principalmente hortaliças e já se alimentam com sua própria produção. “Há uma grande especulação imobiliária nesse terreno. Acreditamos que podemos ter um melhor desenvolvimento para a área com a reforma agrária e não criando condomínios”, reforça Adalberto. 

Ao todo, são mais de cinco mil camponeses de todo o Brasil em marcha pelo país, divididos em três colunas, que partem na manhã deste sábado (11) de diferentes cidades — Formosa (GO), Luziânia (GO) e Engenho das Lages (DF) — rumo a Brasília (DF). A principal bandeira da mobilização vem em seu próprio nome: a liberdade do ex-presidente Lula, mantido como preso político há mais de 120 dias em Curitiba (PR), e a garantia de seu direito de ser candidato à Presidência.

Os milhares de trabalhadores e trabalhadoras também denunciam a crise política, econômica e social estabelecida no país desde o golpe parlamentar e midiático que, há cerca de dois anos, destituiu Dilma Rousseff (PT) e deu início ao governo golpista de Michel Temer (MDB). 

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