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Mídia

Maringoni: Globo oficializou censura interna

"A nova diretriz da Globo, impondo rígida censura interna às atividades extra-expediente de seus jornalistas em redes sociais e outros espaços públicos, apenas explicita que a rede decidiu jogar as aparências às favas", avalia Gilberto Maringoni. "O que era ameaça tácita aos profissionais da casa torna-se agora letra de lei interna. Um pacto faustiano: eu lhe dou emprego e você me entrega a alma"

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Por Gilberto Maringoni, em seu facebook A nova diretriz da Globo, impondo rígida censura interna às atividades extra-expediente de seus jornalistas em redes sociais e outros espaços públicos, apenas explicita que a rede decidiu jogar as aparências às favas e colocar no papel algo já corrente há pelo menos 12 anos.

Não se deve esquecer que os jornalistas Rodrigo Vianna e Luiz Carlos Azenha foram punidos com advertência e demissão (o primeiro) por terem desmontado em blogues pessoais a farsa dos chamados aloprados. Isso se deu nas eleições de 2006, quando a Globo e outros conglomerados decidiu criar um escândalo para criminalizar a campanha de Lula em sua disputa contra José Serra.

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O que era ameaça tácita aos profissionais da casa torna-se agora letra de lei interna. Um pacto faustiano: eu lhe dou emprego e você me entrega a alma.

Como liberdade de imprensa nada tem a ver com liberdade de opinião, na visão liberal, mas com liberdade de empresa, está tudo certo. Vale a máxima de Assis Chateubriand, dita a um jornalista: "Quer ter opinião? Monte seu próprio jornal".

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Os altos salários da casa - aparentemente à exceção de Chico Pinheiro - não parecem ter grandes problemas. Sardenbergs, Leitões e Bonners já desposam a opinião do patrão sem questionamento. Mas a massa de jornalistas dos escalões médios e inferiores - que padecem a sina da rotatividade laboral acelerada - segue o dístico da porta do Inferno: "Abandonai toda a esperança, vós que entrais".

O imperativo nada tem a ver com a pretensa imparcialidade midiática. Tem a ver com os tempos, em que fatos e provas são deixados de lado em favor de convicções - sinceras ou compradas - na disputa de agenda em tempos de golpe e de mitigação da democracia.

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Os que se submetem - por opção ou necessidade - ao ucasse patronal devem mirar suas imagens nas telas como retratos de Dorian Gray. Eternamente jovens, eternamente célebres por quinze minutos, eternamente empregados até o próximo passaralho.

João Roberto Marinho, que assina a carta interna publicada hoje em O Globo, tira de cena qualquer justificativa elevada e apenas leva adiante a rápida agonia de algo que tenha algum parentesco com jornalismo na chamada grande imprensa.

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