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Mídia

Mario Marona: mídia ficou aliviada com vitória da Beija Flor

"Uma vitória da escola que escolheu um lado da história ao denunciar que a escravidão ainda não acabou e que houve um golpe de estado no Brasil, em 2016, obrigaria estes 'formadores de opinião' (aspas irônicas) a tomar uma de duas atitudes: continuar ignorando covardemente o desfile que empolgou grande parte do país, como vinham fazendo ou desqualificar a apresentação, acusando-a de sectária, dogmática", escreve o jornalista, que já foi da Globo

"Uma vitória da escola que escolheu um lado da história ao denunciar que a escravidão ainda não acabou e que houve um golpe de estado no Brasil, em 2016, obrigaria estes 'formadores de opinião' (aspas irônicas) a tomar uma de duas atitudes: continuar ignorando covardemente o desfile que empolgou grande parte do país, como vinham fazendo ou desqualificar a apresentação, acusando-a de sectária, dogmática", escreve o jornalista, que já foi da Globo (Foto: Gisele Federicce)
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Por Mario Marona, em seu Facebook - POR UM DÉCIMO DE CONSCIÊNCIA: Não é difícil imaginar o alívio que sentiram os colunistas, comentaristas e articulistas dos jornais tradicionais, quando souberam que a Paraíso do Tuiuti fora derrotada pela Beija Flor, ainda que por ínfimo um décimo de diferença.

Uma vitória da escola que escolheu um lado da história ao denunciar que a escravidão ainda não acabou e que houve um golpe de estado no Brasil, em 2016, obrigaria estes "formadores de opinião" (aspas irônicas) a tomar uma de duas atitudes:

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1 Continuar ignorando covardemente o desfile que empolgou grande parte do país, como vinham fazendo.
2 Ou desqualificar a apresentação, acusando-a de sectária, dogmática ou seja lá o que servisse para justificar sua própria omissão e a participação da imprensa no golpe.

Como a Tuiuti perdeu para a Beija Flor, escola que fez um desfile supostamente isento, já que enfiou tudo no mesmo saco, sem tomar posição, exatamente como fizeram os patos amarelos muito bem desmascarados pela segunda colocada, os "opinadores" puderam adular seus chefes sem constrangimento, como se estivessem adotando algum tipo de neutralidade.

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Puderam continuar omissos sobre a Tuiuti e rasgar elogios à escola que representou um pedaço do Brasil que, creio, hoje é minoritário. É o pedaço que odeia política, acha que políticos são todos iguais, vota na direita mas agora jura que nem sabe quem é Aécio, defende a meritocracia e odeia políticas de inclusão, quer o estado mínimo, mas não se choca quando suas celebridades de estimação usam dinheiro público para comprar jatinhos, e nega que o racismo, a homofobia e a misoginia sejam problemas nacionais tão sérios e enraizados.

Nos artigos de hoje, predomina a ideologia fingida da isenção, como sempre. E, assim, os comentaristas da imprensa brasileira tradicional empurram com a barriga suas próprias histórias profissionais e políticas: estabilidade no emprego, pelo menos até o próximo passaralho; espaço assegurado para fazer pose identitária; e todos os bônus da cultura 'isentona' que suaviza pesos de consciência e anima as redações que se identificam mais com os acionistas do que com o país.

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