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Mello Franco: amigos vão começar a negar amizade com Eike

"Nos últimos anos, poucos empresários brasileiros foram tão próximos do poder quanto Eike Batista. Sua ascensão meteórica foi impulsionada por uma intensa troca de favores com políticos. O dono do grupo X era o amigo bilionário, sempre disposto a bancar campanhas, emprestar jatinhos e abrir portas no mundo dos negócios", escreve o jornalista Bernardo Mello Franco em sua coluna nesta sexta; "o empresário que bancava os poderosos já deixou de ser bilionário. O próximo passo é deixar de ser amigo, quando tiver que escolher entre a cadeia e o acordo de delação"

Mello Franco, Sergio Cabral e Eike (Foto: Giuliana Miranda)
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247 - "Nos últimos anos, poucos empresários brasileiros foram tão próximos do poder quanto Eike Batista. Sua ascensão meteórica foi impulsionada por uma intensa troca de favores com políticos. O dono do grupo X era o amigo bilionário, sempre disposto a bancar campanhas, emprestar jatinhos e abrir portas no mundo dos negócios", escreve o jornalista Bernardo Mello Franco em sua coluna nesta sexta na Folha de S.Paulo

"O empresário procurava agradar a todos, sem distinção partidária. Em 2006, fez doações idênticas de R$ 1 milhão para Lula e Geraldo Alckmin. Em 2010, repetiu a dose com Dilma Rousseff e José Serra. Até Marina Silva, que não tinha chances de vitória, recebeu sua cota de R$ 500 mil.

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A lei permitia o financiamento privado, e Eike dizia que seu objetivo era contribuir com a democracia. Suas tacadas dependiam de ações do poder público, como a liberação de licenças ambientais e empréstimos do BNDES, mas ninguém parecia preocupado com o conflito de interesses. Se todos estavam felizes com o patrocínio, quem haveria de reclamar?

No Rio, Eike investiu pesado na relação com Sérgio Cabral. Além de apoiar campanhas, financiou vitrines da gestão do peemedebista, como as unidades de polícia pacificadora e a candidatura para sediar os Jogos Olímpicos. Em 2008, quando a PF levantou as primeiras suspeitas sobre o empresário, o governador abriu o palácio para defendê-lo. Foi um amor eterno enquanto durou.

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Nove anos depois, Cabral está preso em Bangu e Eike é procurado pela Interpol, acusado de ocultar dinheiro de propina. O empresário que bancava os poderosos já deixou de ser bilionário. O próximo passo é deixar de ser amigo, quando tiver que escolher entre a cadeia e o acordo de delação."

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