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Mídia, enfim, reconhece: há uma grave crise global

Pode parecer pouco, mas, pela primeira vez em muito tempo, os principais jornais do País atribuíram a disparada do dólar, no primeiro dia útil do ano, à fragilidade dos dados da economia chinesa, que provocou impactos em todo o mundo; até então, os problemas brasileiros eram retratados apenas como reflexo de erros na condução da política econômica; mudança de discurso pode abrir espaço para um debate mais sensato, e menos politizado, dos desafios enfrentados pela presidente Dilma Rousseff e pelo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa; segundo o presidente da Vale, Murilo Ferreira, a economia mundial vive hoje sua mais grave crise, porque os governos não poderão mais injetar recursos para estimular a demanda

Pode parecer pouco, mas, pela primeira vez em muito tempo, os principais jornais do País atribuíram a disparada do dólar, no primeiro dia útil do ano, à fragilidade dos dados da economia chinesa, que provocou impactos em todo o mundo; até então, os problemas brasileiros eram retratados apenas como reflexo de erros na condução da política econômica; mudança de discurso pode abrir espaço para um debate mais sensato, e menos politizado, dos desafios enfrentados pela presidente Dilma Rousseff e pelo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa; segundo o presidente da Vale, Murilo Ferreira, a economia mundial vive hoje sua mais grave crise, porque os governos não poderão mais injetar recursos para estimular a demanda (Foto: Aline Lima)
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247 – O primeiro dia útil do ano, a segunda-feira 4, sinalizou que os desafios na economia em 2016 não serão muito diferentes do que foram em 2015: o real afetado pelos baixos preços das commodities, inflação pressionada e demanda interna fraca.

A novidade é que, pela primeira vez em muito tempo, os principais jornais brasileiros atribuíram os problemas enfrentados no front interno ao cenário internacional. Ontem, a 'black monday' na China terminou com queda de mais de 7% das ações, depois que foram divulgados dados apontando o baixo desempenho industrial chinês. Além disso, a moeda local, o yuan fechou no menor valor desde 2011.

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Ou seja: a mídia brasileira, enfim, reconheceu que há uma grave crise global. "A economia mundial nunca esteve tão fraca como agora", advertiu, em entrevista à jornalista Miriam Leitão, o presidente da Vale, Murilo Ferreira. "Antes, os governos podiam injetar recursos nas suas economias para fortalecer a demanda. Agora, não há mais essa janela".

Só ano passado, a queda do minério de ferro fez com que as exportações da Vale caíssem mais de US$ 10 bilhões. Apesar disso, o Brasil terminou o ano com superávit de US$ 19 bilhões na balança comercial, em razão da queda acentuada nas importações.

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O reconhecimento de que a crise global não terminou – e, mais do que isso, pode ainda se agravar – abre espaço para um debate econômico mais racional no Brasil. Ainda que tenha havido exageros de gastos públicos nos últimos anos, os principais determinantes da recessão no Brasil são fatores externos, como a queda da demanda chinesa, e também internos, como o impacto da Lava Jato no setor de engenharia – por isso mesmo, os acordos de leniência são tão importantes.

Se a mídia brasileira passar a contribuir para um debate mais sensato, e menos politizado, já será um grande avanço.

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