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Na imprensa alemã, Brasil vira criança problemática

Antonio Salvador, de Berlim, destaca em artigo "o Brasil tem sido descrito no cenário europeu, sobretudo na Alemanha, por meio das metáforas mais inusitadas. A última foi 'Sorgenkind'. Literalmente, significa 'criança-problema'"; o adjetivo foi usado pelo prestigiado jornal Süddeutsche Zeitung; nesta mesma semana, a revista Der Spiegel definiu a campanha eleitoral no Brasil, em 2018, como "bizarra"

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Antonio Salvador, de Berlim
1/9/2018

O Brasil tem sido descrito no cenário europeu, sobretudo aqui na Alemanha, por meio das metáforas mais inusitadas. A última foi "Sorgenkind". Literalmente, significa "criança-problema" ou, por extensão, tudo aquilo que inspira cuidado extremo, alguém fora de controle ou fadado à estupidez, uma fonte incessante de preocupações.

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Foi assim que, ao noticiar que o TSE impediu a candidatura de Lula, o prestigiado jornal Süddeutsche Zeitung descreveu o Brasil atual: "Há alguns anos, a maior economia da América Latina era tida como uma potência regional emergente, hoje é uma´Sorgenkind´".

O mesmo jornal fez o relato da visita a Lula feita pelo líder Martin Schulz, uma das maiores autoridades políticas alemãs, do SPD, na última quinta-feira. Schulz disse ao jornal sobre Lula: "Nenhum poder no mundo pode me impedir de dizer a um homem que conheço há muitos anos e em quem confio, eu acredito em você".

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O jornal destaca a intenção frustrada de quase 40% da população em votar em Lula e diz que o presídio em Curitiba, essa "cidade provinciana", tem recebido mais visitas de chefes de Estado do mundo inteiro do que o Palácio do Planalto, em Brasília.

Do mesmo modo, o jornal Frankfurter Allgemeine salientou que Lula é "de longe" o candidato mais querido. A revista Bild deu o mesmo destaque, assim como a Stern, para a qual Lula "poderia vencer as eleições facilmente", não houvesse "apenas um problema: ele está preso". Por sua vez, o jornal Zeit ressaltou que a candidatura de Lula foi impugnada pela "Procuradora-Geral Raquel Dodge" e mais "uma fileira de políticos da direita".

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Esta mesma semana, a revista Der Spiegel definiu a campanha eleitoral no Brasil, em 2018, como "bizarra".

Todos os veículos de comunicação expressaram consternação com o avanço de certo candidato da "extrema-direita", apresentado como o "Trump brasileiro", não pela fortuna, claro, mas pelo currículo: "racista", "homofóbico", "apologeta da tortura", "glorificador da ditadura militar" e "candidato em segundo lugar nas pesquisas", isso corre ipsis litteris em vários jornais alemães. Sobre o tal candidato, também já é conhecido o seguinte causo: "Certa vez ele disse a uma deputada que ela não merecia ser estuprada, pois seria muito feia".

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O "Welt" alertou que é "difícil prever como os eleitores de Lula irão reagir" após a impugnação da candidatura.

Ninguém, por aqui, começou a questionar como os opositores de Lula (os não necessariamente ligados ao pensamento da direita extremista), como eles poderão reagir em caso de um segundo turno entre o Partido dos Trabalhadores e o Trump curricular.

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Será essa mais uma fonte de preocupação?

É o que descobriremos em poucas semanas...

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Antonio Salvador

Berlim, 01 de setembro de 2018.

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