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Nassif sugere que assassinato de Marielle foi manobra para acabar com intervenção no Rio

Para o jornalista, o apoio dos militares ao governo Bolsonaro "passou por um pacto" durante a intervenção das Forças Armadas no Rio e as apurações sobre a morte de Marielle Franco

Nassif e Marielle Franco (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Mídia NINJA | Tânia Rêgo/ABr)
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247 - O jornalista Luís Nassif avalia, no Jornal GGN, que o apoio dos militares militar ao governo Jair Bolsonaro (PL) “passou por um pacto decisivo, entre 2018 e 2019, durante a intervenção das Forças Armadas no Rio de Janeiro e as apurações sobre o assassinato de Marielle Franco”. 

"Coincidência ou não, o atentado que vitimou Marielle tinha por objetivo central o comprometimento da intervenção. No meio do caminho, no entanto, Bolsonaro vai gradativamente se tornando uma alternativa viável para as eleições”, observa Nassif na série de reportagens investigativas do projeto “Xadrez da ultradireita mundial à ameaça eleitoral".

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No texto, Nassif observa que a polícia encontrou “o mote do crime” ao analisar o computador de Ronnie Lessa - vizinho do então deputado Jair Bolsonaro - que continha um histórico de buscas sobre políticos contrários à intervenção militar no Rio. Marielle Franco, maior crítica da ação, estava entre os nomes pesquisados. “A chave do mistério estava aí”, diz o jornalista. "A morte de Marielle colocaria em xeque a intervenção militar".

“Com a posse de Michel Temer, houve uma aproximação com os militares coordenada por Raul Jungmann e Alexandre de Moraes. Na época, houve um pacto com Forças Armadas, Supremo e tudo visando garantir eleições – com Lula preso. A maneira de introduzir as FFAAs no jogo político foi através da Operação Garantia de Lei e Ordem no Rio de Janeiro, com o comando sendo exercido pelo general Braga Netto”.

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Na ocasião, porém, Bolsonaro e o general da reserva Hamilton Mourão se posicionaram contra o que consideravam ser “uma cooptação das FFAAs pelo governo Temer”. Irritados, ambos chegaram a defender abertamente que os militares deveriam promover um golpe em reuniões do Clube Militar e da Loja Maçônica. 

"Havia dois caminhos. Do lado de Mourão e Bolsonaro, o golpe puro e simples. Do lado de Villas Boas, o avanço em etapas. Por isso, selou um acordo com Temer e o Supremo visando garantir as eleições de 2018 com Lula fora do jogo. O acordo foi sedimentado com a intervenção no Rio de Janeiro, comandada por um general ligado a Villas”, explica Nassif.  “É celebrado, então, o pacto entre os dois grupos, que torna Braga Netto ministro-chefe da Casa Civil”, completa.

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“Na sua despedida do cargo de comandante das Forças Armadas, Villas Boas dá a senha do pacto. ‘Dois mil e dezoito foi um ano rico em acontecimentos desafiadores para as instituições e até mesmo para a identidade nacional. Nele, três personalidades destacaram-se para que o ‘Rio da História’ voltasse ao seu curso normal. O Brasil muito lhes deve. Refiro-me ao próprio presidente Bolsonaro, que fez com que se liberassem novas energias, um forte entusiasmo e um sentimento patriótico há muito tempo adormecido. Ao ministro Sergio Moro, protagonista da cruzada contra a corrupção, e ao general Braga Netto, pela forma exitosa com que conduziu a intervenção federal no Rio de Janeiro’”, finaliza. 

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