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Neoliberalismo precisa cada vez menos de democracia, analisa economista

A economista Leda Paulani faz um balanço sobre o impacto negativo da vitória de Bolsonaro e afirma: "as democracias – que foram uma necessidade e funcionaram, aliás, como legitimação do governo neoliberal nos últimos 30 anos– parecem não ser mais necessárias. E, por outro lado, as medidas de cunho liberal precisam ser aprofundadas, dadas as crises que o sistema enfrenta mundialmente"

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Do Brasil de Fato - No Brasil, a ascensão de Jair Bolsonaro, presidente eleito neste domingo (28) com uma plataforma de extrema direita, revela que, cada vez mais, o capitalismo abre mão da democracia em todo o mundo. Esta é a análise que a economista Leda Paulani faz um dia após a vitória do político do PSL.

"As democracias –que foram uma necessidade e funcionaram, aliás, como legitimação do governo neoliberal nos últimos 30 anos– parecem não ser mais necessárias. E, por outro lado, as medidas de cunho liberal precisam ser aprofundadas, dadas as crises que o sistema enfrenta mundialmente", pontua.

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Paulani é professora da Universidade de São Paulo (USP) e concedeu entrevista ao Brasil de Fato nesta segunda-feira (29). Para ela, este é o contexto em que surge Bolsonaro, que derrotou o candidato Fernando Haddad (PT) com 55,13% dos votos válidos.

A economista analisa que o novo governo, de caráter autoritário, vai aprofundar as reformas neoliberais que se iniciaram com o governo golpista de Michel Temer (MDB).

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"Bolsonaro entende de arma e ponto. Ele não demonstrou entender de mais nada, nem de educação nem de economia. Claramente essa candidatura não só está abraçada com esse programa neoliberal, e portanto vem com truculência junto, como principalmente é um programa anti nacionalista, porque vai justamente completar esse movimento de entrega das nossas riquezas naturais para o grande capital internacional."

Um dia após a vitória de Bolsonaro, Paulo Guedes, nome indicado para chefiar a equipe econômica e o Ministério da Fazenda do novo governo, deixou claro que sua prioridade é um projeto de privatizações, mudanças na política externa e defesa de reformas para "controlar os gastos".

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A economista afirma ainda que o novo governo vai de encontro aos interesses internacionais após a descoberta do pré-sal no final da primeira década dos anos 2000. "Há indícios claros de que há todo esse interesse do capital internacional em cima dos nossos recursos, particularmente, da Petrobras e que se agudizou muito com a descoberta do pré-sal", pontua.

Paulani aponta que um governo formado por militares "é uma possibilidade muito substantiva", mas diferencia o plano econômico de Bolsonaro do regime militar. "Com relação a economia, apesar de autoritários, os militares eram nacionalistas e desenvolvimentistas. É o oposto da política entreguista que sinaliza Bolsonaro."

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