Noam Chomsky: 'a sobrevivência da vida humana está em risco'
O linguista Noam Chomsky alerta para o momento estranho na história da humanidade, em que a ameaça não é apenas bélica ou econômica, mas também ambiental; ele diz: "Nós não podemos deixar de sobrevalorizar o facto de estarmos num momento único da história da humanidade. De fato, desde 1945, a história humana mudou dramaticamente. Em agosto de 1945, os humanos demonstraram que a inteligência superior deles criara um meio de destruir a vida na Terra. Não derrubou nada, mas tornou-se óbvio que iria estender-se e expandir-se, como na realidade sucedeu"
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247 - O linguista Noam Chomsky alerta para o momento estranho na história da humanidade, em que a ameaça não é apenas bélica ou econômica, mas também ambiental. Ele diz: "Nós não podemos deixar de sobrevalorizar o facto de estarmos num momento único da história da humanidade. De fato, desde 1945, a história humana mudou dramaticamente. Em agosto de 1945, os humanos demonstraram que a inteligência superior deles criara um meio de destruir a vida na Terra. Não derrubou nada, mas tornou-se óbvio que iria estender-se e expandir-se, como na realidade sucedeu."
Chomsky concedeu uma entrevista ao site DemocracyNow. Leia trechos:
"Alguns anos mais tarde, 1947, o Bulletin of the Atomic Scientists estabeleceu o seu famoso Doomsday Clock. O desastre final estava próximo da meia-noite! Foi definido para 7 minutos para a meia-noite. A 2 minutos para essa hora, em 1953, os EUA e a União Soviética testaram armas termo-nucleares, que tinham capacidade de destruir muitas vidas. Tudo oscilou de várias formas. Agora a ameaça ainda é de cerca de dois minutos para a meia-noite - com um acréscimo. Não foi conhecido em 1945, que nós não estávamos só a entrar numa época nuclear, mas também numa época geológica, que os geólogos chamam de Antropoceno, uma época na qual a atividade humana está a passar um severo e terrível efeito no meio ambiente no qual os humanos e outros seres vivos poderiam sobreviver, mas noutras condições. Nós também estamos a entrar na agora chamada 6.ª extinção, uma rápida extinção de espécies, que é comparável à 5.ª extinção, 65 milhões de anos atrás, quando um asteroide, um grande asteroide, colidiu na terra, como sabemos. A World Geological Society, finalmente decidiu, no fim da II Grande Guerra Mundial, no início da época de Antropoceno que existia uma severa escalada de destruição do meio ambiente, relativa ao aquecimento global, dióxido-carbono, outros gases de efeito de estufa, e até como outros elementos tais como relativos a plásticos no oceano, que se prevê que seja maior que a quantidade de peixes nos oceanos num futuro próximo.
(...)
Por outras palavras, se se está à procura de uma estratégia séria para isso, está a procurar-se no lugar errado. Não é isso que está mal. Nada disso faz sentido do ponto de vista estratégico. Nenhum. É tudo contraditório, incoerente e assim por diante. Devemos procurar noutro lugar. E tudo faz todo o sentido, supondo que ele é movido por uma preocupação esmagadora: ele mesmo - Trump. Tudo faz sentido para um megalomaníaco que quer certificar-se de que tem poder, de que tem riqueza. Tem de apelar a um número de círculos eleitorais para certificar-se de que é apoiado. O eleitorado é um forte apoio - expandir a NATO, construir o sistema militar, modernizar as armas nucleares e assim por diante. Ok, ele é quem manda. O eleitorado é crucial e atualmente, o setor corporativo e os todo-poderosos. Ele está a fazer-lhes a vontade. Enquanto está a sorrir para os média, estes ajudam-no, concentrando-se nele, e os seus subordinados no Congresso estão a levar a cabo um autêntico roubo. É inacreditável. Se formos meticulosos, encontraremos muitos mais exemplos, apenas referi alguns."
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