Noblat estava debaixo do tapete do Planalto?
Jornalista Ricardo Noblat reconstitui, de maneira totalmente inverossímil, o encontro em que o vice-presidente Michel Temer teria sido convidado pela presidente Dilma Rousseff para assumir a coordenação políitca; "Só me resta você. Você terá de aceitar a coordenação. Do contrário, o governo poderá não se manter", teria dito Dilma, na peça de ficção escrita por Noblat
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247 - O jornalista Ricardo Noblat, colunista do Globo, publica, nesta quinta-feira, uma curiosa peça de ficção, em que tenta reconstituir o convite da presidente Dilma Rousseff ao vice-presidente Michel Temer, para que ele assumisse a coordenação política. Confira abaixo:
Michel Temer virou o maior fiador do governo
Ricardo Noblat
Foi dramático o apelo feito pela presidente Dilma Rousseff ao vice-presidente Michel Temer para que ele assumisse a coordenação política do governo. Ela deixou sua natural arrogância de lado.
Os dois estavam no gabinete presidencial do terceiro andar do Palácio do Planalto. Eliseu Padilha, ministro da Aviação Civil, acabara de recusar o convite de Dilma para ser o coordenador.
Na presença de Temer, ela insistiu para que Padilha concordasse em substituir Pepe Vargas (PT-RS), até então o coordenador político. Padilha não quis. Foi embora deixando os dois sozinhos.
Então Dilma olhou para Temer sem disfarçar sua aflição, e disse:
- Só me resta você. Você terá de aceitar a coordenação. Do contrário, o governo poderá não se manter.
Temer perguntou se teria autonomia para exercer a função. “É claro”, respondeu Dilma. Em seguida, ele abordou o preenchimento de cargos do segundo escalão do governo, boa parte deles vazia.
Dilma surpreendeu Temer com a resposta:
- Você cuidará disso. Vamos dividir o governo. Não haverá problemas.
Desse momento em diante, Temer se comportou como se já tivesse no exercício da função de coordenador político. Tudo o mais que propôs, como a extinção da Secretaria que fora de Pepe, Dilma concordou sem oferecer resistência.
Ontem mesmo, Temer começou a tratar do preenchimento dos cargos com os diversos partidos que apoiam o governo.
Garantiu com Dilma a nomeação do ex-deputado Henrique Eduardo Alves para ministro, o que agradará Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados.
E a permanência no Ministério do Turismo do afilhado de Renan Calheiros.
Como vice-presidente e, agora, coordenador político do governo, Temer ganhará um protagonismo como nunca teve nos últimos quatro anos.
Resta saber se Dilma saberá conviver com isso.
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