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Mídia

O que é rumor, o que é verdade nas redes?

Sensacionalista, R7, 247 e E-Farsas discutem como deve ser a apurao jornalstica na Web 2.0 em mesa da Social Media Week So Paulo

O que é rumor, o que é verdade nas redes? (Foto: Sheila Lopes/247)
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247 - Ser jornalista 2.0 requer cada vez mais cuidado. Na internet, grassam boatos, histórias inventadas propositalmente para bagunçar a rede. Qual é o ponto de origem de um buzz? As mortes de Whitney Houston e Michael Jackson provocaram um zumzumzum no Twitter antes de serem confirmadas pelos veículos tradicionais de comunicação. Afinal, como o jornalista pode distinguir rumor de informação? Esse foi o principal questionamento da mesa organizada pela #REDEMIS, núcleo de atividades do Museu da Imagem e do Som nas redes, e pelo Brasil 247 no segundo dia da Social Media Week São Paulo.

A blogueira Rosana Hermann, gerente de Inovação do portal R7, lembra que, na época da morte do rei do pop, os tuiteiros reclamaram como o site de fofocas TMZ foi rápido em relação à CNN, que demorou algumas horas para noticiar o falecimento. “Se a CNN não confirmasse a informação com três fontes, ela poderia ter a sua história, a sua credibilidade abalada”, avalia. Assim, o tempo de espera para apurar bem uma história é fundamental – como em qualquer outra época do jornalismo.

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O site E.Farsas.com busca desvendar quais as mentiras circulando na internet. O criador do projeto, que já conta nove anos, Gilmar Lopes, sempre publica o texto investigativo um dia depois que ele começou a circular na web. “Gosto mais de publicar as mentiras para desmistificá-las. Eu uso somente a internet para fazer essa apuração”, revela.

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O gestor de Mídias Digitais e Sociais do 247, Diego Iraheta, ressalta a interferência política no conflito de versões correndo pelo Twitter. “Em dezembro, a expressão ‘Caos em Fortaleza’ virou Trending Topic. Muita gente dizia que havia assaltantes invadindo lojas no centro da cidade. Outros diziam que isso era só boato”, conta. No fim das contas, o 247 apurou por telefone que os arrastões na cidade eram reais. A tese de rumor fora reproduzida por grupos que tentavam minimizar a greve da Polícia Militar na capital cearense. "E muita gente de lá estava organizando eventos em Fortaleza e queria dar a impressão de que estava tudo bem para receber pessoas de outros estados", completa Rosana Hermann.

O Sensacionalista ganhou milhares de leitores e seguidores pelo bom humor ao ser o único jornal “isento de verdade”. No entanto, o editor Marcelo Zorzanelli confessa ficar incomodado quando a transmissão de um assunto sério, em tempo real, é falsa. “No caso do Pinheirinho, algumas pessoas de lá tuitaram que pessoas estavam morrendo. Diziam: ‘ó, tem uma pessoa morrendo aqui do meu lado’. Espalharam falsas mortes da operação, e nenhuma morte foi confirmada no fim”, conta Zorzanelli, referindo-se ao confronto de PMs e moradores de Pinheirinho, em São José dos Campos.

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É esse uso de mídias sociais para espalhar mentiras em questões mais delicadas (diferentemente da morte do Seu Barriga, experiência feita na Campus Party Brasil 2012) que preocupa o coordenador da #REDEMIS, José Luiz Goldfarb. Para ele, as redes conectam os distantes e permitem fluxos de informação antes limitados. “Tem que fazer uso consciente; afinal, rede social derruba ditadura. Na Síria, os manifestantes fizeram pedidos de envio de celulares para denunciar os crimes de lá”, conclui.

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