Perplexidade e desinformação marcam cancelamento da entrevista de Bolsonaro
O cancelamento da entrevista coletiva que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e três de seus ministros - Paulo Guedes, Sérgio Moro e Ernesto Araújo - participariam nesta quarta-feira (23), em Davos, causou perplexidade; "Tudo preparado para coletiva da delegação brasileira que começaria agora. Imprensa nacional e internacional a postos. Ninguém veio", escreveu Ana Clara Costa, da Veja; "Repórteres estrangeiros tentam compreender os motivos", tuitou Idiana Tomazelli, da Agência Estado; para Vera Magalhães, cancelamento "se deveu a uma conjunção de fatores"
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 - O cancelamento da entrevista coletiva que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e três de seus ministros - Paulo Guedes, Sérgio Moro e Ernesto Araújo - participariam nesta quarta-feira (23), no Fórum Mundial Econômico, em Davos, causou perplexidade. "Tudo preparado para coletiva da delegação brasileira que começaria agora. Imprensa nacional e internacional a postos. Ninguém veio", escreveu Ana Clara Costa, da revista Veja. "Fórum Econômico Mundial oficializa que coletiva do Brasil foi cancelada e orienta jornalistas e pedirem explicações ao governo brasileiro. Repórteres estrangeiros tentam compreender os motivos", tuitou Idiana Tomazelli, da Agência Estado.
Tudo preparado para coletiva da delegação brasileira que começaria agora. Imprensa nacional e internacional a postos. Ninguém veio. pic.twitter.com/AS30O6MnoH
— Ana Clara Costa (@anaclaracosta) 23 de janeiro de 2019CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Fórum Econômico Mundial oficializa que coletiva do Brasil foi cancelada e orienta jornalistas e pedirem explicações ao governo brasileiro. Repórteres estrangeiros tentam compreender os motivos, relatam na @AgenciaEstado os enviados especiais @CeliaFroufe @AFernandes e @JamilChade
— Idiana Tomazelli (@iditomazelli) January 23, 2019
Vera Magalhães, do site BR18, informou que o "caladão" da delegação brasileira em Davos se deveu a uma conjunção de fatores. "Um dos ministros que acompanham o presidente na Suíça repetiu ao BR18 a versão segundo a qual Bolsonaro estava cansado depois da sucessão de eventos e precisava se poupar para o jantar de hoje com investidores, no qual haverá também uma conferência. Isso não justifica, porém, o cancelamento também da fala dos ministros. Nesse caso, ela foi ditada pelo mau humor de Bolsonaro com a imprensa brasileira".
Segundo Vera apurou, "houve a avaliação de que há uma tentativa dos jornalistas de compararem as falas de Sérgio Moro e Paulo Guedes com as de Bolsonaro como forma de 'tirar o protagonismo' do presidente de seu primeiro compromisso internacional. E isso seria acentuado caso apenas eles falassem".
Também pesou o desdobramento da declaração de Jair Bolsonaro sobre Flávio Bolsonaro à agência Bloomberg na manhã desta quarta-feira (23), ao dizer que "se, por acaso, ele errou e isso ficar provado, eu lamento como pai, mas ele vai ter que pagar o preço por essas ações que não podemos aceitar". Vera Magalhães diz que a interpretação de que o presidente jogou o filho ao mar "teria contrariado Bolsonaro e aumentado sua indisposição".
Independentemente dos reais motivos, o fato é que pouco tempo depois do cancelamento da entrevista Bolsonaro já se encontrava mais disposto. Primeiro, se reuniu com o Premiê Japonês, Shinzo Abe, e depois com interlocutores mais próximos para discutir sobre a Venezuela.
Reunião com o Premiê Japonês. Estive em visita no Japão e sabemos das dificuldades dos brasileiros naquele país. Expondo estas e nos aproximando de países que podem muito fortalecer um processo econômico e social de bilateralidade seguimos evoluindo. pic.twitter.com/nXGSu71L1C
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) January 23, 2019CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Recuperado do cansaço, o presidente Bolsonaro volta ao fórum para uma reunião sobre a Venezuela. pic.twitter.com/RHFVPcbwS5
— Ana Clara Costa (@anaclaracosta) 23 de janeiro de 2019
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: