Pesquisa Quaest aponta que Bolsonaro apanha nas redes, mas ainda tem apoio
Repercussão digital da Operação Tempus Veritatis foi significativa, sendo apenas superada pela observada no 8 de janeiro de 2023, com os atos terroristas bolsonaristas em Brasília
247 - O Instituto Quaest Pesquisa divulgou dados reveladores sobre a repercussão digital da Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (8). Os números evidenciam um intenso debate nas redes sociais, com forte polarização entre críticas e defesas ao ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados, alvos da investigação.
De acordo com o diretor do Instituto Quaest Pesquisa, Felipe Nunes, a repercussão digital da operação foi significativa, sendo apenas superada pela observada no 8 de janeiro de 2023, com os atos terroristas bolsonaristas em Brasília. Hoje, durante o dia, foram registradas 607 mil menções nas redes sociais, alcançando aproximadamente 56 milhões de contas.
O destaque da análise recai sobre a divisão das postagens, com 58% delas sendo críticas a Bolsonaro, enquanto 42% apresentam defesas ao ex-presidente. Esses números refletem a polarização política que permeia o cenário nacional, com a direita construindo uma narrativa de perseguição política contra a oposição e Bolsonaro, com Alexandre de Moraes sendo o principal alvo das críticas.
Por outro lado, a esquerda celebra os desdobramentos da operação, expressando piadas e deboches sobre a investigação e os aliados militares de Bolsonaro. Esse comportamento revanchista é um dos elementos destacados pela pesquisa. O monitoramento realizado pelo Instituto Quaest Pesquisa ao longo do dia acompanhou a evolução do assunto nas redes sociais, sendo a última coleta de dados realizada às 18 horas.
É importante ressaltar que a operação deflagrada pela Polícia Federal teve como alvo o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados, que enfrentam acusações de envolvimento em atividades golpistas. As prisões e medidas cautelares foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que apontou a comprovação de crimes contra a democracia e associação criminosa.
Os crimes investigados incluem tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado democrático de Direito, com o objetivo de obstruir a transição de governo para o presidente Lula, vencedor das eleições de 2022. O desfecho das investigações e julgamentos do STF será fundamental para determinar os desdobramentos desses eventos e a aplicação das respectivas penas.
A Operação Tempus Veritatis cumpriu 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, distribuídas em diversos estados do país.