Polícia australiana reforça cerco contra Rupert Murdoch
Alvo de investigaes da Scotland Yard e do FBI pelo caso dos grampos telefnicos ilegais, companhia do magnata acusada na Austrlia de sabotagem e pirataria para prejudicar emissoras de TV adversrias
247 – O magnata Rupert Murdoch, alvo de investigações da Scotland Yard e do FBI, agora está também na mira da polícia australiana. No ano passado, sua empresa, a News Corp., foi forçada a fechar o diário britânico "News of the Word", após uma a polícia do Reino Unido constatar que o tabloide havia publicado informações obtidas por grampos telefônicos não autorizados. Agora, é acusada de sabotagem e distribuição de material pirata, com o objetivo de prejudicar emissoras de TV adversárias no Austrália.
A denúncia foi feita em uma reportagem publicada pelo diário local The Australian Financial Review, cuja investigação durou quatro anos.
A NDS, subsidiária da News Corp., teria utilizado hackers para conseguir códigos de cartões eletrônicos de clientes das TVs pagas rivais do grupo. Em seguida, vendia no mercado negro novos cartões pirateados com o objetivo de dar prejuízo aos concorrentes.
A companhia de Rupert Murdoch nega os fatos, mas o ministro das Comunicações da Austrália, Stephen Conroy, acredita que o caso é grave e merece ser investigado.
A News Corp. perdeu sua credibilidade desde que se envolveu no escândalo dos grampos ilegais no Reino Unido, que tinham como alvos celebridades, políticos, soldados e até vítimas de crimes.
Em fevereiro deste ano, James Murdoch, filho do bilionário Rupert Murdoch, renunciou à presidência da News International, o braço britânico no conglomerado de mídia de seu pai.
Há duas semanas, Rebekah Brooks, braço-direito de Murdoch, foi presa novamente, desta vez com o seu marido, amigo de David Cameron, por "conspiração para obstruir o curso da justiça".
Suspeita de corrupção de policiais e cumplicidade no escândalo das escutas, ela sempre negou as acusações.
Nos Estados Unidos, a empresa de Murdoch é investigada desde o ano passado pelo FBI, por tentar grampear telefones de vítimas dos ataques de 11 de setembro de 2001.
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