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Mídia

Precisamos de um terceiro dispositivo?

A Microsoft apresentou um marco na indústria. Trata-se de uma classe de produtos que combina o computador clássico e a tablet, em um único aparelho

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No início de 2010 a Apple apresentava ao mundo o seu mais novo produto, o iPad. Desde o começo o tablet era apresentado como um dispositivo intermediário entre o computador tradicional e o celular. Nascia ali o que muitos consideram ser uma terceira categoria de produtos.

O sucesso do iPad é inegável, mas trata-se de um mercado que deve terminar o ano de 2011 com menos de 50 milhões de tablets vendidas, entre iPads e seus concorrentes. Comparado as 300 milhões de licenças vendidas do Windows 7, em 15 meses, fica bastante claro que o mercado de tablets ainda não atingiu um patamar de ampla adoção.

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Não é de se estranhar. Tablets ainda são vistas como brinquedos, produtos de nicho.

Com os Estados Unidos, maior mercado de computação do mundo, passando por uma crise financeira que se estende desde 2008, a maioria dos consumidores ainda não se pode dar ao luxo de adquirir um “terceiro dispositivo”. Na hora de comprar um novo computador, a decisão pelo tradicional notebook ou desktop ainda é a escolha esmagadora da maioria.

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Longo, o ponto é: será que existe mesmo espaço para um terceiro dispositivo na vida das pessoas?

Essa semana a Microsoft liberou a primeira versão de testes do seu novo sistema operacional, o Windows 8. O Windows reimaginado, é o que diz a Microsoft. As mudanças são drásticas e perceptíveis desde o primeiro momento em que o sistema é carregado. A velha área de trabalho é colocada em segundo plano, e entra em cena uma interface, chamada de Metro, cheia de ícones e gestos de navegação. Tudo muito similar ao sistema operacional para smartphones da empresa, o Windows Phone.

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A Microsoft afirma que o novo produto estará finalizado em algum momento de 2012. Tardio, considerando que até lá o iPad e seus concorrentes já estarão a mais de 2 anos no mercado.

Entretanto, nenhum desses competidores possui aquilo que a Microsoft tem nas mãos: o poder da marca Windows. Trata-se do sistema operacional usado em 90% de todos os computadores do mundo. Não é um número que possa ser desprezado.

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Mas, o brilhantismo do Windows 8 não está exatamente em seu nome, mas sim em uma arrojada aposta da Microsoft: acabar com a conceito do “terceiro produto”.

Durante o evento realizado pela Microsoft para anunciar o novo sistema, foi distribuído aos mais de 5.000 espectadores um protótipo de uma tablet desenvolvida pela Samsung, rodando a versão de testes do novo sistema operacional. A tablet vem acompanhada de um dock e um teclado. O conceito de uso é simples: enquanto estiver fora de casa, use o dispositivo como uma tablet normal, usufrua dos benefícios da amigável e intuitiva interface Metro. Ao chegar em casa, conecte a tablet ao dock e passe a operar o aparelho como um notebook ou desktop, usando mouse, teclado e a tradicional interface do Windows 7, com menu iniciar e área de trabalho.

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A Microsoft apresentou um marco na indústria. Trata-se de uma classe de produtos que combina o computador clássico e a tablet, em um único aparelho. É exatamente aquilo que os consumidores tem desejado, e que nenhuma empresa havia conseguido oferecer até então.

Essa semana o CEO da Microsoft, Steve Ballmer, afirmou que as vendas do Windows Phone, o sistema operacional para smartphones, não havia conseguido atingir as metas de vendas da empresa. Ballmer também afirmou não estar preocupado com isso. Ele tem seus motivos.

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A estratégia da Microsoft não se resume apenas em agrupar duas categorias de produtos em 1 único dispositivo. Ao basear a interface Metro nas mesmas diretrizes visuais o Windows Phone, a empresa de Redmon criou uma conexão entre esses dois produtos, uma forte identidade visual. É exatamente essa conexão que poderá vir a salvar a plataforma de celulares da Microsoft.

Ainda restam muitas dúvidas sobre como o Windows 8 irá se comportar quando estiver pronto para o grande público, em 2012. A Microsoft ainda precisa provar que seu sistema será eficiente na arquitetura ARM, a mesma na qual tablets super finas e leves, como o iPad, se baseiam.

Incertezas a parte, a empresa de Bill Gates e Steve Ballmer já deixou claro que seu objetivo é simples e direto: acabar com a categoria que o iPad criou.

Juliano Rossi

Engenharia Aeronáutica 2008

juliano.rossi.oliveira@gmail.com

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