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"Querem a morte civil de Breno Altman", denuncia Pedro Serrano, sobre a ação de censura da Conib

Jornalista vem sendo alvo de tentativas de censura. Em nova ação, a Confederação Israelita do Brasil pede que ele seja impedido de participar de entrevistas e transmissões ao vivo

Pedro Serrano e Breno Altman (Foto: Reprodução | Felipe Gonçalves / Brasil 247)

247 - O renomado jurista e advogado Pedro Serrano utilizou a rede social X na noite desta segunda-feira (15) para fazer uma denúncia contundente sobre o que ele classifica como uma "tentativa de morte civil" contra o jornalista Breno Altman, editor do site Opera Mundi e autor do livro "Contra o Sionismo". Em seu post, Serrano defendeu o direito de Altman expressar suas opiniões críticas ao Estado de Israel, destacando a importância da liberdade de expressão.

O foco da denúncia recai sobre uma ação inédita movida pela Confederação Israelita do Brasil (Conib), que visa censurar Altman, que tem se destacado por denunciar o que ele descreve como genocídio promovido pelo estado de Israel contra o povo palestino. A ação protocolada pela Conib demanda agora a proibição de Altman de realizar transmissões ao vivo e conceder entrevistas.

"Querem a morte civil de Breno Altman. Pode-se divergir das posições de Breno, mas não de seu direito a expressá-las. Criticar o Estado ou o governo de Israel não é anti-semitismo como criticar os Estados fundamentalistas Islâmicos não é, em si, islamofobia. Querem retirar de Breno sua capacidade de falar, sua humanidade!", escreveu Serrano.

Ao Brasil 247, Serrano classificou a ação da Conib como "um ataque sem precedentes ao jornalismo brasileiro". Altman, em seu livro, classifica o sionismo como uma ideologia racista, colonial e supremacista, acusando-a de conduzir ao apartheid do povo palestino. A Conib, por sua vez, acusa falsamente Altman de "fomentar o ódio e incitar a violência contra a comunidade judaica brasileira" e de uma conduta "racista e de ódio".

A ação da Conib propõe medidas extremas, como a suspensão das páginas e redes sociais de Altman, além de impedi-lo de participar de lives, vídeos e manifestações. Essas medidas, caso implementadas, teriam um impacto significativo na liberdade de expressão do jornalista.

Desde o início da perseguição da Conib contra Altman, o jornalista recebeu apoio da Associação Brasileira de Imprensa e da Federação Nacional de Jornalistas, entidades que defendem as prerrogativas dos jornalistas no Brasil.