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Safatle: “nenhum país fez redemocratização tão ruim como o Brasil”

Filósofo e professor da Universidade de São Paulo (USP) Vladimir Safatle afirmou que, apesar do fim da ditadura, não houve uma redemocratização de fato no Brasil; "O Brasil sempre foi dividido. Nunca foi um país, foi sempre uma fenda. Sempre houve essa divisão. Ela não tinha se expressado na rua durante um tempo porque a direita brasileira sentia vergonha em relação à ditadura militar, e também porque a direita não tinha figura política que a representasse", afirmou; "Existe um antagonismo absoluto no Brasil. A primeira coisa que se tem que fazer é falar isso em alto e bom tom", acrescentou Safatle durante passagem pela UFPA

Filósofo e professor da Universidade de São Paulo (USP) Vladimir Safatle afirmou que, apesar do fim da ditadura, não houve uma redemocratização de fato no Brasil; "O Brasil sempre foi dividido. Nunca foi um país, foi sempre uma fenda. Sempre houve essa divisão. Ela não tinha se expressado na rua durante um tempo porque a direita brasileira sentia vergonha em relação à ditadura militar, e também porque a direita não tinha figura política que a representasse", afirmou; "Existe um antagonismo absoluto no Brasil. A primeira coisa que se tem que fazer é falar isso em alto e bom tom", acrescentou Safatle durante passagem pela UFPA (Foto: Aquiles Lins)
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247 - O filósofo e professor da Universidade de São Paulo (USP) Vladimir Safatle afirmou que, apesar do fim da ditadura, não houve uma redemocratização de fato no Brasil. 

Segundo ele há uma fenda latente, agora escancarada, que é o Brasil desde sempre. A ruína do modelo político de coalizão, do qual o "lulismo" é o auge. “O Brasil sempre foi dividido. Nunca foi um país, foi sempre uma fenda. Sempre houve essa divisão. Ela não tinha se expressado na rua durante um tempo porque a direita brasileira sentia vergonha em relação à ditadura militar, e também porque a direita não tinha figura política que a representasse”, afirmou Safatle durante participação no Congresso de Estudantes da UFPA (CONEUFPA).

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"Que a divisão exploda, eu mesmo não vejo como um problema. De uma forma ou de outra isso ia acontecer. Não temos um país com um acordo mínimo sobre o que pode e o que não pode ser feito. Então, pelo menos, que isso fique claro. A pior coisa numa situação na qual não há conciliação é você procurar uma conciliação extorquida. Existe um antagonismo absoluto no Brasil. A primeira coisa que se tem que fazer é falar isso em alto e bom tom", acrescentou Safatle ao site Primeiras Linhas. 

Para Vladimir Safatle, as forças políticas de direita encontraram no impeachment da presidente Dilma Rousseff uma forma de retomar o poder, após o cenário apontado pelas pesquisas de intenção de voto. 

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"Você viu como estão as pesquisas eleitorais caso a eleição para presidente fosse hoje? Um pouco a frente, está a Marina, com 21%, que pode não ser de esquerda, mas também não é representante mor do pensamento conservador. Tem o Aécio, que do ponto de vista eleitoral é o melhor candidato que eles conseguiram montar, com 19%. E tem o Lula, que depois de toda essa confusão — isso é realmente impressionante — ainda consegue ter 17%. Ou seja, eles estão em empate técnico. Qualquer coisa pode acontecer. Acho que é por isso que o impeachment apareceu. Quando eles viram essas pesquisas, falaram: "não, mas espera aí, corremos o risco de não ganhar" (risos). De resto, você tem o Ciro Gomes, com 6%, tem o [Jair] Bolsonaro, que tem 6% — era de se esperar que essa franja fascista da sociedade brasileira acabasse se encarnando em alguém — e você tem a Luciana [Genro], com 3%. Percebe? Não se configura uma onda conservadora do ponto de vista eleitoral", afirma. 

Leia na íntegra a entrevista. 

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