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Sakamoto: a imprensa prolonga seu autoengano e mergulha na ingenuidade

O jornalista Leonardo Sakamoto afirma que a imprensa está prolongando demais seu estágio de autoengano com Jair Bolsonaro e que isso representa mais um risco na coleção de riscos que vão se acumulando no horizonte de um governo de extrema direita; Sakamoto diz que Bolsonaro foi muito claro em seu discurso pós-eleição: ele vai perseguir a esquerda e vai perseguir veículos de comunicação; para o jornalista, a resposta da imprensa a esse recado foi muito tímida e as consequências dessa omissão (ou medo) podem ser muito ruins para uma cena social já degradada

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247 - O jornalista Leonardo Sakamoto afirma que a imprensa está prolongando demais seu estágio de autoengano com Jair Bolsonaro e que isso representa mais um risco na coleção de riscos que vão se acumulando no horizonte de um governo de extrema direita. Sakamoto diz que Bolsonaro foi muito claro em seu discurso pós-eleição: ele vai perseguir a esquerda e vai perseguir veículos de comunicação. Para o jornalista, a resposta da imprensa a esse recado foi muito tímida e as consequências dessa omissão (ou medo) podem ser muito ruins para uma cena social já degradada. 

O jornalista destaca, em seu blog, que alertou diversas vezes sobre os riscos embutidos nas declarações de Bolsonaro: "desde o início de 2016, escrevi repetidas vezes neste espaço que Jair Bolsonaro tinha grandes chances de se tornar presidente e que isso representaria, sem sombra de dúvida, um risco à democracia e à liberdade de imprensa. Cansei de ouvir de analistas, especialistas e colegas de profissão a impossibilidade disso – mesmo com as ruas e as redes rugindo outra conjuntura nos últimos dois anos".

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Ele salienta que os alertas se repetem na mesma medida em que as ameaças proliferam: "da mesma forma, estamos repetindo há meses que seu governo mostra sinais de que irá desrespeitar as liberdade de expressão e de imprensa, quando houver material viés crítico a ele, fomentando um macarthismo à brasileira. Perseguirá, com isso, veículos de comunicação, jornalistas, intelectuais, artistas, lideranças sociais, ambientais e trabalhistas. E, novamente, o que ouvimos de volta de muita gente boa e que respeito é que isso não vai acontecer porque 'as instituições estão funcionando normalmente'."

Sakamoto capta o exado fenômeno que se alastra nesse momento pelas mídias tradicionais: "logo após concretizada a vitória do deputado nas urnas, muitos dos negacionistas passaram a tentar vender uma imagem de Bolsonaro que não condiz com a realidade, talvez no intuito de normalizá-lo. Ou na crença de que ele, por bom senso, irá vestir essa nova imagem e proteger as instituições, como a imprensa. Um erro, pois não deveríamos analisar com base na fé, mas nos fatos".

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E arremata com uma constatação crua: "muitos simplesmente ignoraram o primeiro discurso que ele fez após eleito, improvisado, mas sincero, via live do Facebook, no qual abusou do militarismo e não fez uma sinalização concreta para curar as feridas deixadas pela guerra eleitoral. Parece que as pessoas só tiveram olhos ao segundo discurso, escrito por assessores e transmitido pelas TVs, em que se comprometeu com liberdades e com a Constituição. Ouvi e li repetidas vezes que isso seria a prova de ele estava caminhando no sentido da distensão e pregando a União nacional".

 

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