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Sakamoto: ministro da Justiça trata moradores de favela como combatentes inimigos

Para o jornalista Leonardo Sakamoto, as declarações do ministro da Justiça, Torquato Jardim, ao Correio alimentam "a sanha dos cães de guerra nas redes sociais, que têm orgasmos múltiplos quando veem corpos de jovens ligados ao tráfico ou não sangrando, aqui e ali"; ministro havia questionado: "Você está no posto, mirando a distância, na alça da mira aquele guri que já saiu quatro, cinco vezes, está com a arma e já matou uns quatro. E agora? Tem que esperar ele pegar a arma para prender em flagrante ou elimino a distância? "    

Para o jornalista Leonardo Sakamoto, as declarações do ministro da Justiça, Torquato Jardim, ao Correio alimentam "a sanha dos cães de guerra nas redes sociais, que têm orgasmos múltiplos quando veem corpos de jovens ligados ao tráfico ou não sangrando, aqui e ali"; ministro havia questionado: "Você está no posto, mirando a distância, na alça da mira aquele guri que já saiu quatro, cinco vezes, está com a arma e já matou uns quatro. E agora? Tem que esperar ele pegar a arma para prender em flagrante ou elimino a distância? "     (Foto: Leonardo Lucena)
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247 - "O ministro da Justiça, Torquato Jardim, em entrevista ao jornal Correio Braziliense sobre a intervenção federal no Rio de Janeiro, produziu uma belo texto para ser recitado no dia do velório da democracia", escreve o jornalista Leonardo Sakamoto.

"Sobre a demanda das Forças Armadas por mais 'segurança jurídica' para a missão eleitoral a elas conferida por Michel Temer (aumentar sua popularidade e desviar a atenção da incompetência sistêmica do governo), afirmou: 'Se está lá com PM, Polícia Civil e Forças Armadas, se passar um guri de 15 anos de idade, você vê a foto dele, já matou quatro, entrou e saiu do centro de recuperação, uma dúzia de vezes, e está ali com um fuzil exclusivo das Forças Armadas, você vai fazer o quê? Prende. O guri vai lá e sai, na quarta ou quinta vez que você vê o fulano, vai fazer o quê? Você tem uma reação humana aí que deve ser muito bem trabalhada psicologicamente, emocionalmente, no PM ou no soldado. Você está no posto, mirando a distância, na alça da mira aquele guri que já saiu quatro, cinco vezes, está com a arma e já matou uns quatro. E agora? Tem que esperar ele pegar a arma para prender em flagrante ou elimino a distância? Ele é um cidadão sob suspeita porque não está praticando o ato naquele momento ou é um combatente inimigo?'", disse o ministro, reforça o blogueiro.

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De acordo com o jornalista, "esse tipo de declaração alimenta a sanha dos cães de guerra nas redes sociais, que têm orgasmos múltiplos quando veem corpos de jovens ligados ao tráfico ou não sangrando, aqui e ali". "Ou que amam qualquer tipo de execução sumária de jovens pobres, sejam as feitas legalmente e 'informalmente' pela mão do próprio do próprio Estado (nas incursões nos morros e periferias, que também acabam por matar inocentes), sejam as feitas pelas mãos da população (ao linchar suspeitos de crimes por turbas enfurecidas e idiotizadas)", acrescenta.

Leia a íntegra no Blog do Sakamoto

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