Segundo Eliane, reforma coloca faxina em xeque
Colunista afirma que retorno de indicados pelo PDT e pelo PR à Esplanada dos Ministérios joga por terra a "faxina" promovida no início do governo Dilma e diz que agora é hora, para os partidos, de "tirar vantagem"
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247 - Nesta quinta, a jornalista Eliane Cantanhêde, colunista da Folha, argumenta que a "faxina" ministerial promovida pela presidente Dilma no primeiro ano de mandato chegou ao fim e afirma que, agora, é "hora de tirar vantagem". Confira abaixo:
Hora de tirar vantagem
BRASÍLIA - A presidente da República, Dilma Rousseff, fez (ou levou a fama de fazer) uma "faxina" no governo. Já a candidata do PT à reeleição em 2014, Dilma Rousseff, joga a poeira para debaixo do tapete.
O mesmo Carlos Lupi, que foi afastado do Ministério do Trabalho na "faxina", agora levou ao Planalto o seu candidato exatamente ao Ministério do Trabalho. E ele foi nomeado.
Nem por isso o PDT fechou o apoio formal à campanha de Dilma. Prefere esperar 2014 para ver no que vai dar.
O mesmo Alfredo Nascimento, que foi afastado do Ministério dos Transportes na "faxina", agora levou ao Planalto o seu candidato exatamente ao Ministério dos Transportes. E ele também foi nomeado.
Mas nem por isso o PR fechou o apoio formal à campanha de Dilma. É outro que também prefere esperar 2014 para ver no que vai dar.
É quase um padrão. O sujeito não servia para ser ministro, mas serve para indicar o novo ministro às vésperas da campanha oficial e em plena campanha real. E isso, claro, deixam ouriçados outros ex-ministros, outros partidos. Não é, PTB?
O PSD não se encaixa no padrão porque nem existia em 2010 e, portanto, não era do governo na época da "faxina". Mas Dilma deu um jeito: criou um novo ministério, o 39º. Nesse caso, não jogou a poeira debaixo do tapete, mas está jogando o partido num ministério para as pequenas empresas.
Mas, como o PDT e o PR, o PSD, do ex-prefeito Gilberto Kassab, também não está fechando o apoio formal à campanha de Dilma. Prefere esperar 2014 para ver no que vai dar.
Aliás, o PSB não caiu na "faxina" e continua firme e forte com o seu ministério. Dilma não o pediu de volta. O partido se fez de desentendido.
Nem por isso o governador Eduardo Campos desistiu da candidatura e apoiou Dilma. Ao contrário, está cada vez mais adversário dela.
Moral da história: a hora não é de assumir compromissos, só de oferecer e tirar vantagens.
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