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Tijolaço aponta a manchete da Folha e as perguntas que nunca fazem

"A manchete da Folha estima (?) o valor que teriam as empresas estatais brasileiras, caso fossem vendidas. Para impressionar com os números, a reportagem passa “batido” por algumas perguntas que nem de longe são respondidas", diz Fernando Brito, editor do Tijolaço; "Por que empresas tão criticadas, como obsoletas, deficitárias, inúteis e com pouca ou nenhuma utilidade senão servirem de cabides de empregos – o discurso privatista o diz, não é? – valem tanto?"

"A manchete da Folha estima (?) o valor que teriam as empresas estatais brasileiras, caso fossem vendidas. Para impressionar com os números, a reportagem passa “batido” por algumas perguntas que nem de longe são respondidas", diz Fernando Brito, editor do Tijolaço; "Por que empresas tão criticadas, como obsoletas, deficitárias, inúteis e com pouca ou nenhuma utilidade senão servirem de cabides de empregos – o discurso privatista o diz, não é? – valem tanto?" (Foto: Leonardo Lucena)
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Por Fernando Brito, do Tijolaço - A manchete da Folha de hoje (14), estima (?) o valor que teriam as empresas estatais brasileiras, caso fossem vendidas.

Para impressionar com os números, a reportagem passa “batido” por algumas perguntas que nem de longe são respondidas.

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Por que empresas tão criticadas, como obsoletas, deficitárias, inúteis e com pouca ou nenhuma utilidade senão servirem de cabides de empregos – o discurso privatista o diz, não é? – valem tanto?

Não se alegue o monopólio: a maior parte do valor vem do Banco do Brasil, da Caixa e da carteira de participações do BNDES, além da Petrobras. Ao que conste, não é proibido ao capital privado abrir bancos, explorar petróleo ou refiná-lo no Brasil.

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A segunda pergunta, feita no Facebook pelo meu sempre professor Nílson Lage: vender para quem? Para os grupos internacionais, interessadíssimos no nosso desenvolvimento? Porque ninguém chamado João, José ou Maria tem “bala”  para comprar, mesmo nas condições de mãe para filho que se costuma providenciar para estes negócios.

A seguinte, de meu bom amigo professor Gustavo Conde: para onde vai o dinheiro da venda? Vendemos a CSN, vendemos a Vale, vendemos as teles, vendemos até parte da Petrobras e…terminamos o governo Fernando Henrique Cardoso com uma dívida pública de mais de R$ 1 trilhão – eram R$ 88 bi, em 1994) com reservas internacionais de US$ 38 bi – 10% do que temos hoje.

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Some-se a isso o fato de que, no total, as empresas públicas trazem lucros e, portanto, amenizam o déficit público.

Mas a melhor pergunta não feita é: por que uma consultoria de negócios, internacional, gasta uma fortuna em tempo e profissionais capazes – supondo que não tenha sido feita “nas coxas” – para sugerir um valor saboroso destes, em final de governo, para os privatizadores? O “Angorá” deve, a esta altura, estar louco com o cálculo de percentagens.

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Como dizia o herói dos liberais, Milton Friedman, “não existe almoço grátis”. Nem uma saliva tão grande se o prato não valesse muito mais que R$ 500 bi.

Ou, numa citação mais ligada aos nosso futebol, vontade de ser como o Eurico Miranda, que vai deixar a presidência do Vasco, de vender todos os jogadores no apagar das luzes.

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