Tijolaço: com Maia, Brasil trocará um ilegítimo por outro
"Michel Temer e Rodrigo Maia são apenas gerações diferentes do rebotalho dos que vivem e progridem na política sem uma causa, sem projetos coletivos, sem povo. Em nenhuma das duas cabeças, por um instante, passa a grandeza de devolver aos brasileiros o direito de escolher seu presidente", diz Fernando Brito, editor do Tijolaço
Por Fernando Brito, editor do Tijolaço
Apesar do desejo de ver Michel Temer fora do cargo que assaltou pelo golpe, é deprimente ver o espetáculo da traição que se tornou a política no Brasil.
Para o lugar de um ilegítimo foi, com métodos obscuros, para seu lugar, agora,vai outro ilegítimo, com métodos igualmente obscuros.
Ambos sabem que não chegaram aonde estão por suas forças ou méritos, tanto quanto não o foram pela vontade da nação.
Michel Temer e Rodrigo Maia são apenas gerações diferentes do rebotalho dos que vivem e progridem na política sem uma causa, sem projetos coletivos, sem povo.
Em nenhuma das duas cabeças, por um instante, passa a grandeza de devolver aos brasileiros o direito de escolher seu presidente.
Em nenhuma das duas mentes, qualquer lampejo de idéias generosas, abertas, de quem quer apelar às fontes da nacionalidade para reabrir os caminhos deste país.
Tudo o que lhes passa pela cabeça é agradar a seu eleitor, “o mercado”, à custa dos direitos e dos serviços ao povo brasileiro.
Michel Temer não é – e Rodrigo Maia não será – presidente do Brasil, mas esmerados servos do mercado, com o segundo prometendo, escandalosamente, fazer o que o primeiro não conseguiu.
O país continuará à deriva, porque, já se anuncia, a área econômica continuará abduzida por interesses que nada tem a ver com o país, senão para sangrar a última gota dos recursos públicos. Claro, para entregar aos que sempre foram majoritários nesta sociedade anônima nacional e, agora, tornaram o Brasil sua “limitada”.
O país que temos agora é regido pela “deduragem” – prima da traição política – e pelas punhaladas nas costas. Nem de Máfia podemos chamar esta organização, porque nela não há nem mesmo um esboço de, sequer, uma ética entre ladrões.
Cunha, Temer, Maia, quem será o próximo na linha da sabotagem, da perfídia, da dissimulação? Maia tinha razão quando, ao votar o impeachment disse a Cunha, ao microfone: “o senhor entra para a história hoje”.
Entrou, mesmo, da forma que se sabe, inaugurando a República da Traição.
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